Candidatos querem que Justiça Eleitoral confirme se não houve irregularidades em chapas do PSB e do PSD

Paula Cabrera e agências

As duas candidatas a vereadora em Mauá, uma do PSB e outra do PSD, que tiveram zero voto no pleito do mês passado continuam rendendo confusão. Suplentes da Câmara teriam entrado com processo na Justiça Eleitoral pedindo a invalidação das chapas, que elegeram quatro vereadores na cidade. Nos bastidores, a informação é de que a situação do PSB seria a mais delicada. A candidata, que teria apresentado documentos que informariam sobre sua doença, teria sido flagrada, em fotos, fazendo campanha ao lado da primeira-dama, Andreia Rios e de Admir Jacomussi (Patriotas). No peito, ela leva adesivo de Jacó, para quem estaria pedindo votos.


Caso fique comprovado que as mulheres foram usadas como candidatas laranjas como forma de driblar a cota de gênero, os partidos podem perder as cadeiras na Câmara. O processo pede a análise da situação com apresentação de documentos que confirmem a situação delicada de saúde da candidata.
Regiane Viana de Carvalho (PSD), que usou como nome de urna Nega do Povo, 32 anos, e Fátima Rosângela da Cunha Lima (PSB), 46, não receberam nenhum voto. As duas integraram chapas que elegeram vereadores. Os socialistas emplacaram duas vagas: Ricardinho da Enfermagem e Samuel Enfermeiro. Os dois já exercem mandatos e foram reeleitos. Já o PSD elegeu Márcio Araújo e Vaguinho do Zaíra.
Em 2019, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anulou chapa com seis vereadores eleitos na cidade de Valença do Piauí pelo entendimento de fraude às regras eleitorais de proporcionalidade de gênero. Presidente da corte, o ministro Luís Roberto Barroso entendeu que houve “claro descompromisso dos partidos políticos quanto à recomendação que vigora desde 1997”.