Há ainda 215 leitos comuns, usados em atendimentos gerais na cidade

Paula Cabrera

Mauá pode ser uma cidades com maior dificuldade no auxílio de casos graves do coronavírus. A cidade conta apenas com 10 leitos de UTI, no Hospital Nardini, além 15 leitos de enfermaria e 200 leitos no geral. Esse número de leitos é também usado no atendimento de casos gerais que chegam ao Hospital. Mauá foi uma das únicas cidades da região que não divulgou planos de ampliação de leitos para atender a crescente demanda.
Segundo o prefeito Atila Jacomussi (PSB), o Estado confirmou que casos da cidade poderiam ser encaminhados para hospitais estaduais, como o Mário Covas. No decreto de calamidade pública, publicado nesta semana, o prefeito também propôs a intervenção em leitos de hospitais particulares, no entanto, o JNC entrou em contato nesta sexta-feira (27/3) com os hospitais da cidade e, apesar de não divulgarem leitos disponíveis, todos confirmaram que o índice de ocupação dos leitos é atualmente muito superior a mesma média do ano passado. Boa parte das internações têm ligação com doenças respiratórias.


Para se ter ideia, São Caetano do Sul, que tem 263 mil habitantes, dobrou o número de leitos de UTI de 40 para 80, além de aumentar os leitos normais disponíveis e separar alas específicas para o auxílio aos pacientes.

Santo André, além de anunciar a preparação de hospitais de campanha, confirmou a instalação de 90 novos leitos de UTI para atender a demanda crescente de casos. São Bernardo espera recursos federais para abrir mais de 200 leitos no novo Hospital Municipal, que será totalmente focado no combate a endemia.

Foto: do andreense Sandro Dorta

Teste rápido
Apesar da dificuldade em leitos, a Prefeitura deve receber R$ 300 mil de recursos do MP (Ministério Público) para auxiliar na compra de testes rápidos na cidade.
A informação foi confirmada pela comunicação da Prefeitura, que disse que a compra já está em processamento e foi feita "em caráter de urgência", sem prazo, neste momento, para chegar.
Atualmente, a Saúde pública não possui testes em escala. A orientação é realizar os exames apenas em casos extremos, com internação. A maioria dos casos é liberada com orientação de uso de dipirona e isolamento domiciliar de 14 dias.
A administração afirma que esse é um dos esforços da Prefeitura no combate à disseminação do coronavírus.