Servidores não teriam máscaras, álcool em gel e vidros de segurança para o atendimento ao munícipe

Paula Cabrera

O Sindserv (Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos) afirma que em visita ao prédio da Prefeitura de Mauá nesta quinta-feira (18/6) encontraram condições incompatíveis com o retorno ao atendimento à municípes e o combate à disseminação do coronavírus. Segundo diretores do sindicato, foram constatadas a falta de fornecimento de máscaras, de higienização dos ambientes e de álcool em gel 70º nos dispensers. Para o sindicato, a situação pode caminhar para uma ação judicial determinando que os servidores sigam em trabalho remoto até correção dos problemas.
A situação gerou indignação, já que nesta semana o Sindserv perdeu um diretor na luta contra o coronavírus, principalmente porque o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB) tem insistido em postar, em suas redes sociais, a chamada "patrulha do consumidor", que multou supermercados e bancos por não entregar equipamentos de segurança aos trabalhadores, como máscaras e álcool em gel. “O prefeito desfila pela cidade para posar em fotos e distribuir máscaras nas ruas, mas sequer fornece máscaras para os trabalhadores da própria Prefeitura”, diz o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo.


Para ele, a administração municipal não se importa com as condições de trabalho dos servidores e funcionários. “O Sindicato vai convidar o prefeito e os secretários para visitar departamento por departamento para verificar a situação insalubre na qual os servidores tem atuado”, completou.
Ainda segundo nota do sindicato, além do não-fornecimento de máscaras, os ambientes e banheiros não foram higienizados, os guichês de atendimento aos munícipes não estão devidamente protegidos, não há refeitórios adequados para fazer refeições e servidores com saúde debilitada foram obrigados a retornar por não terem tido tempo hábil de apresentar relatório médico.
Amanhã, a diretoria do Sindicato vai à Secretaria de Administração para tentar uma reunião com o secretário Marcos Eduardo Camargo Maluf para exigir medidas de proteção e segurança sanitária. "Já perdemos vidas durante o período de trabalho remoto dos servidores, e a tendência diante da falta de planejamento para o retorno às atividades presenciais, é de perdemos mais vidas caso não haja uma responsabilidade maior da prefeitura", diz Marcelo Órfão diretor executivo do Sindiserv.
O JNC entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.