Prefeito fez balanço de primeiro ano de mandato e afirmou que auxílio dos governo do Estado e Federal foram fundamentais
Paula Cabrera
O prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), reuniu a imprensa nesta terça-feira (14/12) para fazer um balanço de seu primeiro ano de mandato e confirmou que conquistou quase de R$ 100 milhões em investimentos na cidade. O valor soma aportes estaduais, federais e liberação de financiamento para obras do município.
"Fecho neste ano com 35 milhões do governo do Estado. Desses, são R$ 7 milhões para o recapeamento da Estrada do Guanabara, R$ 6 milhões de Educação, sendo R$ 1 milhão liberado hoje, mais R$ 10 milhões para o programa rua a rua, R$ 16 milhões do Hospital. Depois, investimento de R$ 35 milhões do governo federal para asfalto, recapeamento e obras de infraestrutura. Além disso, liberamos R$ 20 milhões de financiamento com o FINISA (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), da Caixa", enumera o gestor.
Volpi afirma que o valor aprovado no banco foi de R$ 50 milhões, mas a administração preferiu não criar grandes dívidas a longo prazo. "Podíamos ter pego, mas lá na frente conseguimos pagar esses R$ 20 milhões. Não quisemos comprometer tanto o orçamento."
Segundo Volpi, o valor será usado em uma obra para a construção de um Ginásio de esporte, um campo de futebol e concluir o posto de saúde do Jardim Aliança.
"Tínhamos dificuldade de pedir empréstimo porque estávamos na letra C de avaliação de crédito para conquistar esse benefício, por problemas de pagamentos. Fizemos resoluções na área tributária e isso nos abriu emendas e o financiamento via FINISA, com empréstimo com juros de 3.5% ao ano e retomamos o crescimento", avalia o prefeito.
Entre as obras de destaque, estão a retomada da construção do Hospital Santa Luzia e da reforma do Terminal Rodoviário. Ambas as propostas devem ter as ordens de serviço assinadas ainda neste final de ano. "Assinamos o convênio da rodoviária nesta quinta-feira (16/12).
Somos um dos únicos (municípios) que apresentou projeto pronto. Já está aprovado, licitamos em janeiro. O investimento será de R$ 4,8 milhões e 12 meses de obra. Tem cobertura nova. Serviços de lojas não será estendido -- colocaremos lá serviços assistenciais-- de saúde, lanchonete, farmácia", conta Volpi.
Já a ordem de serviço para o Complexo Santa Luzia terá a assinatura da ordem de serviço na próxima quarta-feira (22/12). A obra tem previsão de 18 meses para ser entregue e custará R$ 16 milhões. "Agora, corremos para conquistar verbas para equipar o Hospital. Esses valores devem chegar via emenda e já estamos em negociação com deputados", afirmou Volpi.
O prefeito fez ainda um balanço da organização financeira conquistada com o enxugamento da máquina pública, que cortou de 21 para 12 o número de secretarias, além de ter diminuído o número de comissionados e readequado para apenas três as faixas salariais da administração. Segundo Volpi, apenas com isso, a economia mensal foi de R$ 1,5 milhão. "Sabemos o que devemos, para quem devemos. Para que não gastemos o dinheiro, deixamos ir para Justiça o que não podemos pagar. Quem negocia até 30% de desconto na dívida, a gente tenta acertar e estamos oferecendo o pagamento com áreas públicas. Não há milagre a ser feito em Ribeirão. Somos uma cidade pobre. Temos um investimento de R$ 2.500 por habitante por ano. Fora disso, qualquer aventura leva a cidade para o buraco. Esses resultados positivos foi do equilíbrio financeiro que fizemos. Vamos arrecadar R$ 340 milhões neste ano dos R$ 379 milhões previstos pelo governo anterior, mas vamos encerrar o ano com um superávit de R$ 12 milhões graças ao equilíbrio fiscal que fizemos", diz.
Para o próximo ano, os planos seguem extensos. Volpi quer corrigir defasagens salarias na área da Assistência Social, como fez neste ano com professores, e afirma que a Saúde deverá receber investimentos maciços. "No ano que vem, vamos lidar com Assistência Social, que tem o menor salário das sete cidades. Estamos planejando porque não posso fazer do dia para a noite, mas estamos andando. Vamos, nesse momento, reajustar salários do Conselho em quase 100% e ano que vem vamos arrumar por categoria. Vamos entregar em março o Centro de Especialidades Médicas, com ênfase na saúde da mulher e equipamentos de imagem. Vamos ainda avançar com as reformas das escolas. Das 33 unidades, 12 precisam de reforma. Já estamos com obras em seis. Esses serão nossos maiores investimentos", pontua.
Sobre a ida a Brasília para pedir subsídio para impedir o reajuste do ônibus municipal, o prefeito espera retorno para a próxima semana. "Está bem encaminhado nosso pedido, que partiu também das empresas de ônibus que perderam muito o público na pandemia e avaliam que um reajuste nos preços pode piorar ainda mais isso. Devemos ter um retorno na próxima semana", conclui.