Anúncio foi feito nesta tarde pelo governador, que ressaltou que vacinas já em teste no país deverão ter prioridade

Paula Cabrera

O governador João Doria ( PSDB) descartou nesta terça-feira (11/8) que os laboratórios de SP possam entrar na produção da vacina russa anunciada nesta terça pelo país asiático. Segundo Doria, o Estado já tem uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac e 'não há motivo' para trabalhar com uma segunda alternativa.
"A (vacina) russa não (será produzida). Não sou capaz de avaliar se é boa ou não é, se tem o aval da Organização Mundial de Saúde. Não quero fazer pré-avaliação. Mas pelo Butantan, não. Houve uma procura, mas foi respondido que já temos uma associação com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac. Não faria sentido algum ter uma segunda alternativa no mesmo Butantan , cujo objetivo é o mesmo", afirmou Doria, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Por nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disse que acompanha ao lado da comunidade científica o desenvolvimento da vacina pelo Governo russo e que atualmente o Instituto Butantan está participando da pesquisa da CoronaVac, da farmacêutica Sinovac Biotech. "O Butantan está realizando testes clínicos de fase 3 da Coronavac em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança."

Paraná vai assinar acordo com a Rússia
O governo do Paraná vai anunciar nesta quarta-feira, 12, um acordo com o Ministério de Saúde da Rússia para a produção de uma vacina contra o coronavírus. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina após a validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vai analisar os resultados das pesquisas russas. Nesta terça-feira, 11, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação da vacina.
Embora tenha sido registrado, o imunizante ainda será submetido a ensaios clínicos para testar sua segurança e eficácia. O chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, afirmou que a vacina deveria ser produzida no Brasil após aprovação regulatória.