Deputado afirmou em vídeo ter conquistado convênio, mas cidade segue sem receber o auxílio

Pai de todas as supostas conquistas alavancadas com o governo do Estado, o ex-prefeito de Mauá e deputado, Atila Jacomussi (União) segue em silêncio absoluto desde que a administração de Mauá confirmou à imprensa que ainda não recebeu o repasse de R$ 1,5 milhão que teria sido prometido por Tarcísio de Freitas, por meio de convênio a ser pago mensalmente, em dezembro do ano passado. Na época, Atila bradou ter sido o responsável pela conquista, o que o governo negou. A secretaria Célia Bortoletto afirmou que seguia em negociação com a secretaria de estado desde 2021 e teria recebido o ok no final do ano passado por meio de tratativas do Consorcio Intermunicipal.
Com a demora pra efetivação do repasse, os deputados estaduais da cidade foram acionados para solicitar intercessão, mas a proximidade de Atila com o governador não se comprovou. “Tarcísio está irredutível em fazer qualquer aceno para gestões petistas. Ele já está de olho nas eleições e não vai fazer nada para auxiliar a reeleição desses prefeitos”, afirmou uma fonte ouvida pelo JNC. Questionado sobre a a proximidade entre Atila e o governador, o interlocutor riu e disse que preferia não se manifestar.
O hospital opera com uma estrutura mensal que custa R$ 10 milhões, um valor significativo que impacta consideravelmente o Orçamento da administração do prefeito Marcelo Oliveira (PT). A importância do auxílio do Estado se justifica, pois o hospital realiza atendimentos para à microrregião de Mauá, Ribeirão e Rio Grande. Das 1.200 internações mensais registradas no hospital de Mauá, 240 são de pacientes provenientes de fora da cidade e até de municípios mais distantes, como o caso do aposentado Jamil Thami, 70 anos, que reside em Taubaté, a 150 km de distância, e foi internado após passar mal durante uma visita a familiares em Ribeirão Pires.

Outros dados sobre o funcionamento do centro de saúde também destacam a gravidade da situação. São realizados 8.200 atendimentos médicos por mês, dos quais 15% são de pessoas que não residem em Mauá ou no ABC, totalizando 1.230 pacientes. Além disso, há 1.800 atendimentos ambulatoriais mensais, com 15% desses casos (270) sendo de pacientes de fora das sete cidades. “Diante desse cenário, o recurso prometido pelo secretário estadual de Saúde se mostra essencial para garantir que o Hospital Nardini não tenha que enfrentar dificuldades”, justifica a secretaria de Saúde, Celia Bortoletto. Questionada-, a secretaria de Saúde do Estado não retornou ate o fechamento desta matéria.