Da Redação
Durante a manhã desta terça-feira (11/8), militantes da Unidade Popular tiveram seu material de divulgação política roubado e destruído por apoiador da gestão da prefeitura da cidade de Mauá.
O ataque ocorreu durante uma panfletagem do partido na estação de trem e contou com ameaças sucessivas aos moradores da cidade que estavam distribuindo panfletos e conversando com os trabalhadores a caminho do trabalho. O agressor seria Cleber Morais que, em suas redes sociais, demonstra apoio ao atual prefeito, Atila Jacomussi (PSB).
Para os militante da UP, a tentativa de intimidação demonstra que a proposta do poder popular que o partido defende, dá medo aos representantes políticos da burguesia. A pré-candidatura proposta pela Unidade Popular é de Amanda Bispo e Gabriela Torres; uma chapa de mulheres, trabalhadoras, moradoras da cidade e coordenadoras da Casa Helenira Preta - uma ocupação organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário em Mauá e que atende mulheres em situação de violência de forma voluntária, sem ajuda do Estado e sofrendo boicote da prefeitura.
Para Amanda, "eles fazem isso porque estão com medo da luta que as mulheres estão realizando na cidade. Eles têm medo do povo pobre no poder" e completa, "se eles acham que vão nos amedrontar assim, estão muito enganados. Isso só nos dá mais força pra continuar lutando".
O ataque de Cleber Morais não foi o primeiro aos militantes da UP. Durante o ato em homenagem aos mauaenses mortos pelo descaso da prefeitura em tratar da pandemia da COVID-19, ele teria tentado coagir manifestantes e chegado a agredir um integrante da organização.
Os militantes da UP no ABC Paulista estão convocando toda sua militância para um ato-panfletagem nesta quinta-feira, para denunciar a tentativa de censura e intimidação.