Vídeo do momento viralizou nas redes sociais; Prefeitura diz que corregedoria apura caso

Paula Cabrera

Um vídeo com GCM (guardas civis municipais) agredindo garotos durante uma abordagem no Parque das Américas nesta semana tomou as redes sociais. A gravação, de cerca de 2 minutos, mostra que os policiais municipais encontraram os jovens bebendo em uma praça, na rua Havanna, e um deles teria perdido a paciência e chutado e empurrado um rapaz. A Prefeitura de Mauá afirma que já havia recebido notificações sobre a situação e que o caso já está em análise pela corregedoria da GCM.
No vídeo, um guarda esvazia uma garrafa de bebida enquanto pede para que a reclamação seja feita no Ministério Público. Na sequência, ele aponta para um rapaz e pede que ele limpe tudo - apontando para várias garrafas de bebida no chão da praça. Ele pede que o jovem pegue todas as garrafas e latas. Não é possível entender a resposta do jovem, mas o guarda o chuta e empurra enquanto pede respeito e diz "estar falando na moral". O jovem alega ter respondido a solicitação com um "claro", enquanto recebe novos empurrões e a recomendação de "calar a boca".

Na sequência, outro guarda explica que eles estão passando por uma situação limite e que permanecer na rua só piora o quadro. "Temos um amigo internado lutando pela vida. Isso é muito sério", diz ele, enquanto os rapazes permanecem de mãos cruzadas nas costas.
No final do vídeo, uma mulher, que seria responsável pela gravação, afirma que a maioria ali "trabalha de carteira assinada".
A GCM tem sido uma das principais responsáveis em Mauá para conter aglomerações. A Prefeitura já divulgou, em diferentes momentos, que os pancadões e as festas nas ruas tem sido impedidas pelas equipes da corporação, principalmente pela ROMU (Ronda Ostensiva Municipal).
Em nota,a administração diz que recebeu o vídeo "com indignação" e que repudia este tipo de atitude. "Em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil, já fomos informados que a corregedoria da GCM irá abrir investigação para apurar o caso. Lamentamos o ocorrido, não compactuamos com essas ações e nos solidarizamos às vítimas. Acompanharemos com rigor a apuração dos fatos e eventual punição dos responsáveis", termina a nota.