Prefeito reeleito se recupera da covid-19 e começa a traçar futuro de Ribeirão Pires

O prefeito eleito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), se prepara para começar a definir a equipe de secretariado para o seuterceiro mandato como prefeito de Ribeirão Pires. Aos 72 anos, recuperado da covid-19 que o pegou há cerca de dez dias, Volpi avisou que pretende retomar agendas a partir do dia 2 de dezembro e governar sem a participação de caciques da política local. "Não vamos lotear a Prefeitura. Vamos montar um time técnico para colocar Ribeirão Pires no rumo certo. Queremos jovens que gostem de política, de gestão pública, que tenham conhecimento. Vamos tentar montar isso.” Nos bastidores, o nome de Nonô Nardelli é ventilado para assumir a secretaria de Governo, cargo que ele já havia ocupado em governos anteriores de Volpi. Já Rosi de Marco, ex-secretária de Educação de Ribeirão e de Rio Grande da Serra, deve voltar ao posto no novo mandato de Volpi. Por suas contas, admite herdar a Prefeitura com R$ 250 milhões em dívida consolidada.

Ele tem dito que o cenário que se avizinha é mais complexo do que em 2005, quando sucedeu a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT). Além do corte de gastos, Volpi aposta em um projeto de condomínio de lotes, que buscará repartir as matrículas de terrenos municipais. “Precisamos crescer. Podemos ter crescimento demográfico e econômico. Precisamos disso porque os gastos nesses tempos nebulosos de pandemia foram feitos sem a necessidade de cumprir metas fiscais. Então, a gente se prepara para um cenário de terra arrasada. Serão anos austeros, que dependerão da nossa criatividade. Tenho uma estratégia para tentar baixar o custeio e preservar receita, que é jogar os números para a margem de oito anos atrás, quando começou a crise econômica; enxugar a máquina e cortar gastos desnecessários", diz.

Ele afirma que hoje Ribeirão Pires tem cerca de 400 cargos comissionados e 21 secretários e planeja reduzir os números. "São R$ 2,5 milhões por mês com comissionados e gratificações, que em 4 anos somarão perto de R$ 122 milhões. A expectativa é reduzir de 21 secretarias atuais para, no máximo, 12. Diminuir os comissionados para 120 pessoas, no máximo. Com isso poderemos reduzir o custeio da máquina em 50%. Essa economia será investida na saúde e na zeladoria da cidade", afirma.