Prefeito disse que não pretende disputar uma reeleição e derrubou informações sobre distanciamento com seu vice
Paula Cabrera
Ao lado do vice-prefeito de Ribeirão, Amigão D'Orto (PSB), o prefeito Clovis Volpi (PL) confirmou união em seu grupo político e fez questão de derrubar a informação que ele e seu vice estariam com a relação abalada. "Somos um time e torcemos por Ribeirão. É claro que em alguns momentos nossas opiniões não batem, a gente discute mesmo, mas resolvemos tudo depois, sempre no diálogo", exaltou ele.
Volpi deixou claro ainda que não prepara uma reeleição e, por isso, fortalece seu grupo para que a indicação surja nas fileiras da atual administração municipal. "Tenho 73 anos já. Aqui são 14, 16 horas diárias de dedicação. Não penso em reeleição, não. Mas queremos que um novo líder surja de dentro desse grupo", afirmou.
Segundo ele, o acordo com Amigão foi bem diferente do firmado em 2012 com seu antigo vice, Dedé da Folha (PPS). Na época, ele havia prometido seu apoio ao hoje rival e mesmo com impedimentos jurídicos, que acabaram pela anulação da candidatura de Dedé, ele manteve-se na campanha do antigo aliado. "Eu sou um homem de palavra e dei minha palavra lá atrás. O grupo não queria apoiá-lo, mas eu havia dado minha palavra. Cumpri. Me arrependo muito disso (pelo que teria acontecido com a cidade desde então). Por isso, falei para o Amigão que vai ser o candidato, aquele que ganhar o grupo. Política não se vence sozinho", avaliou.
O prefeito apontou cinco nomes como sendo, atualmente, mais cotados para concorrer numa futura eleição. Amigão, Guto Volpi, seu filho e presidente da Câmara, Rosi de Marco, secretária de Educação, Rangel Ferreira, secretário de Assuntos Jurídicos e Rubens Fernandes, o Rubão, secretário de Infraestrutura da cidade. "Guto não tem preferência por ser meu filho, não. Aliás, ele como presidente da Câmara é quem hoje me dá mais trabalho com os pedidos e requerimentos que faz, os questionamentos, todos corretos e que devem ser feitos, mas que me dão dor de cabeça. A Rosi já foi candidata, tem experiência. O Rangel está fazendo um excelente trabalho e tem muito futuro. Construiremos um nome a partir disso. Todos tem seus méritos e serão analisados", disse o prefeito.
Volpi deixou claro ainda que mesmo com a filiação do presidente Jair Bolsonaro no PL, espera autonomia no partido para apoiar Rodrigo Garcia ao governo do Estado. "O Valdemar da Costa Neto teve uma visão importante de levar o presidente porque isso deve fazer do PL uma das maiores bancadas do país. Para mim, seremos a terceira maior bancada. Mas o partido entende que o presidente não é unanimidade. Sabe disso. Acredito que entenderá também na decisão sobre o Tarcísio (Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura) não ser unanimidade. Mas seguiremos determinações da legenda", concluiu.