Paula Cabrera

Uma família denunciou nas redes sociais neste fim de semana o mau atendimento prestado nos serviços do Cemitério Santa Lídia, em Mauá. No vídeo de 19 minutos, familiares de uma idosa de 86 anos, que faleceu nesta semana, são orientados a cerrar o caixão de 1.98m para fazê-lo caber no jazigo particular.
Segundo testemunhas, os responsáveis por baixar o caixão até o local fizeram três tentativas, sem sucesso. No vídeo, é possível ver diferentes funcionários do local prestando orientações aos familiares da idosa e um deles com uma fita métrica na mão fazendo as medições, enquanto outro segura um serrote. Nas imagens, uma mulher da família, responsável por disponibilizar o vídeo, afirma que o velório durou cerca de 24 horas e ninguém passou orientações sobre as limitações físicas do jazigo para abrigar o caixão.
Após muita discussão, seis funcionários - alguns deles com uniforme da Frente de Trabalho- conseguem baixar o caixão no jazigo sem fazer qualquer modificação. A família questiona o desencontro de informações prestadas pelos funcionários e afirma que toda a situação "configura crime".
Em nota, a Prefeitura informa que lamenta o ocorrido e se solidariza com à família em momento tão difícil. "Sempre fiscalizamos, contudo, nem sempre conseguimos fazê-lo em tempo real e o tempo todo. Foi um fato pontual, isolado, contudo, inadimissível. Vale lembrar que trata-se de uma empresa terceirizada, a Atrium, responsável pelo serviço, o jazigo é particular e a Prefeitura apenas fiscaliza, notifica e atribui responsabilidades e penas. A Prefeitura irá notificar a empresa e será aberto um processo para apuração. Fatos lamentáveis como esse, não podem acontecer em hipótese alguma. Iremos apurar os fatos e punir os responsáveis. Nossos sentimentos à família."