
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) afirmou nesta sexta-feira (2/5), durante evento de entrega da UBS São João que a administração de Mauá ainda não recebeu o repasse de R$ 1,5 milhão prometido por Tarcisio de Freitas, por meio de convênio a ser pago mensalmente para o custeio do Hospital Nardini. O governador se comprometeu a fazer o repasse até o final de abril, durante reunião no Palácio dos Bandeirantes com os prefeitos da região.
O hospital opera com uma estrutura mensal que custa em torno de R$ 12 milhões, um valor significativo que impacta consideravelmente o Orçamento da administração do prefeito Marcelo Oliveira (PT). A importância do auxílio do Estado se justifica pois o hospital realiza atendimentos para à microrregião de Mauá, Ribeirão e Rio Grande. Das 1.200 internações mensais registradas no hospital de Mauá, 240 são de pacientes provenientes de fora da cidade e até de municípios mais distantes, como o caso do aposentado Jamil Thami, 70 anos, que reside em Taubaté, a 150 km de distância, e foi internado após passar mal durante uma visita a familiares em Ribeirão Pires.
Outros dados sobre o funcionamento do centro de saúde também destacam a gravidade da situação. São realizados 8.200 atendimentos médicos por mês, dos quais 15% são de pessoas que não residem em Mauá ou no ABC, totalizando 1.230 pacientes. Além disso, há 1.800 atendimentos ambulatoriais mensais, com 15% desses casos (270) sendo de pacientes de fora das sete cidades. “Diante desse cenário, o recurso prometido pelo secretário estadual de Saúde se mostra essencial para garantir que o Hospital Nardini não tenha que enfrentar dificuldades”, afirmou Marcelo, que ressaltou que não sabe mais o que fazer para conquistar o repasse.
“Pedimos fundo a fundo, eles disseram que o TCE (tribunal de contas do estado) recomendou não fazer nessa modalidade. Fizemos a solicitação por meio de convênio. A Celia (Bortoletto) foi lá diversas vezes. Pedimos ao secretário de saúde, pedimos ajuda aos deputados, conversamos com o Tarcísio e mesmo assim ainda não conseguimos resolver”, afirmou Marcelo.