Cachorrão, Rubinelli, Betinho e Marcio Barzi entraram com pedido de representação na promotoria por conta de falta de testagem na cidade

Paula Cabrera

A falta de testagem em escala para servidores municipais da Saúde e Segurança está na mira do Ministério Público. Os vereadores Adelto Cachorrão (Republicanos), Fernando Rubinelli (PTB) e Professor Betinho (PSL) entraram nesta segunda-feira (18/5) com representação na promotoria solicitando investigação sobre a falta de testagem nos profissionais. O pré-candidato à vereador Márcio Barzi (PSDB) também solicitou informações ao Ministério Público sobre o fato. Na última semana, o JNC divulgou que outras prefeituras da região teriam ampliado a testagem para aumentar a segurança dos servidores e também como maneira de diminuir a circulação do vírus. Desde que aumentaram testagens, São Caetano e Santo André afastaram 353 servidores que estariam assintomáticos.
O Sindserv (Sindicato dos Servidores) de Mauá afirma que há insegurança entre os profissionais por conta do alto número de afastamentos e reforçou que a entidade tem sido incansável na fiscalização das condições de trabalho dos servidores públicos que estão na linha de frente contra a pandemia e na cobrança de ampliaçãode testagem entre os servidores. Mauá já perdeu um médico, dois coordenadores da SSU (Secretaria de Serviços Urbanos) e uma merendeira. Segundo boletim do prefeito Atila Jacomussi (PSB), nesta terça-feira (19/5) são 247 servidores da Saúde afastados com suspeita de contaminação.
Questionada sobre a falta de testagem nos profissionais da linha de frente à pandemia, conforme orientação do Ministério da Saúde, a Prefeitura afirmou que "recebeu os testes do Governo do Estado e ainda não chegou os do Ministério da Saúde (Governo Federal). Recebemos, portanto, 3200 testes que já foram encaminhamos aos profissionais com quadro gripal, são os testes rápidos ou PCRs, também chamados de Swab de nasofarínge".
Diretor Executivo do Sindserv, Marcelo Órfão diz que o sindicato tem cobrado a ampliação da aplicação dos testes, como outras cidades da região tem feito, pois o clima entre os profissionais é de incertezas e instabilidade. "É preciso uma atenção além de bônus salariais aos servidores da linha de frente, bem como de amparo à municipalidade. Afinal, grande parte dos profissionais são munícipes. Mauá é uma cidade dormitório e muita gente trabalha em cidades que são epicentros de contaminação na região, como São Bernardo e a própria capital e acaba se utilizando da estrutura do município quando adoecem. Isso, de certa forma, sobrecarrega os profissionais de saúde do município", diz ele.