Servidores questionam reajuste, participação de lucros e inclusão no grupo prioritário de vacinação

Paula Cabrera com agências

Os trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) marcaram uma greve para 27 de abril de 2021. A decisão foi tomada em conjunto, após uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e Sindicato Sorocabana na noite desta segunda-feira (12/4).
A previsão dos sindicatos é de que a paralisação interrompa a circulação dos trens nas linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Assim, a greve será iniciada à meia-noite do dia 27, por tempo indeterminado.
Os trabalhadores questionam o pagamento da PPR (Programa de Participação dos Resultados), que deveria ter sido paga até 31 de março e não foi, além de reajuste salarial acima da inflação- o tema foi questionado judicialmente pelo sindicato no ano passado. Além disso, a categoria exige ser incluída no grupo prioritário de vacinação contra covid-19.
Um profissional ouvido pelo JNC confirmou que as mortes entre os funcionários aumentou vertiginosamente neste ano e os protocolos não seriam cumpridos por boa parte dos profissionais, já que não haveria fiscalização por parte da empresa. "Avisos diários de morte nos e-mails da empresa", disse o profissional que não quis ser identificado.
O sindicato diz que faltam testagem em massa, liberação dos profissionais do grupo de risco e mesmo álcool em gel e máscaras. A CPTM não se manifestou.