Cidade já não possui vagas para pacientes em estado grave e possui apenas mais nove leitos alugados
Da Redação
Depois de Mauá começar a ter dificuldades em realocar pacientes com sintomas mais graves do novo coronavírus é a vez de Diadema começar a enfrentar a situação. Nesta sexta-feira (22/4), a cidade usou o primeiro dos dez leitos dos particulares de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) alugados no Hospital Dom Alvarenga, na Zona Sul de São Paulo. O socorro foi necessário porque os 20 leitos de emergência separados para tratamento da Covid-19 já estavam lotados. O contrato de locação custou R$ 3,7 milhões aos cofres municipais, mas a Prefeitura não informou qual o prazo da contratação.
De acordo com a administração, além dos 21 internados nos 30 leitos de UTI agora à disposição, a cidade também tem 61 acomodações de enfermaria destinadas exclusivamente para o atendimento de pacientes com novo coronavírus, sendo que 45 (74%) estão preenchidas. A cidade contabilizava, até ontem, 677 casos da doença e 71 mortes.
Diadema alega que aguarda recursos do governo estadual para implementar hospital de campanha no Quarteirão da Saúde. Em vídeo publicado em sua rede social em 10 de abril, o prefeito Lauro Michels (PV) falou que a estrutura provisória poderia ser instalada no equipamento municipal, em área de 2.000 metros quadrados, onde deveria funcionar a unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, com 103 novos leitos, incluindo UTIs. Segundo Michels, o recurso para instalação do equipamento foi solicitado ao Palácio dos Bandeirantes.
O governo do Estado, por sua vez, informou que já repassou ao município R$ 4,2 milhões para o combate à pandemia de Covid-19 e que esse recurso poderia ter sido utilizado para instalação do hospital de campanha. Michels tem defendido que o montante foi destinado para compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e criticado o governador João Doria (PSDB) por não apoiar a cidade.