Embaixador chinês afirma que seu país não colocará “obstáculos políticos” na liberação de insumos para a produção de imunizantes
O Governador João Doria pediu nesta quinta-feira (20) ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que auxilie para evitar atrasos na liberação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para a produção da vacina do Butantan contra a COVID-19. A próxima entrega, com 3 mil litros do produto, está prevista para terça-feira (25). O Governador propôs ainda que a compra de vacinas chinesas que estão em aprovação pela Anvisa seja feita pelo Fórum dos Governadores, em vez de ser feita pelo Ministério da Saúde.
“O Brasil lamentavelmente é um risco para o mundo. Se não tivermos vacinas, esse risco crescerá ainda mais, porque não é um problema humanitário para o Brasil, é um problema humanitário para o mundo”, disse Doria, que participou da reunião por teleconferência com os governadores Flávio Dino (Maranhão), Wellington Dias (Piauí) e Waldez Góes (Amapá) e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
O Governador insistiu que o governo chinês consiga garantir a liberação dos insumos para a continuidade da produção da Coronavac. O Instituto Butantan tem o compromisso de entregar ao Ministério da Saúde 100 milhões de doses de vacina.
“A China vai continuar a fornecer insumos para o Brasil e não vamos colocar obstáculos políticos, nem tratamento diferenciado na liberação de insumos para a Coronavac ou para a vacina AstraZeneca. Desejamos o máximo de esforço”, afirmou Yang Wanming.
Flávio Dino disse que ataques feitos pelo Governo Federal à China não representam a opinião dos governadores.