Vereador e pré-candidato critica atuação de prefeito e condena condução de combate ao coronavírus

Paula Cabrera

O vereador e pré-candidato à Prefeitura de Mauá, Marcelo Oliveira ( PT), criticou a falta de transparência do governo Atila Jacomussi (PSB) em todos os gastos relacionados ao combate ao coronavírus. Na última semana, a Prefeitura de Mauá, a casa de Atila e do secretário de Saúde, Luís Carlos Casarin, passaram por revistas da Policia Civil e do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo, que investigam a possibilidade de superfaturamento do hospital de campanha da cidade. O Ministério Público Federal também pediu revisão no portal de transparência da cidade, para incluir mais informações sobre contratos fechados sem licitação neste período de combate ao coronavírus. Para o órgão faltam informações vitais como período de contratação, quantia de cada produto, assim como destino e utilização.

O pedido de CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito para que vereadores investigassem os gastos ligados ao hospital, no entanto, foi barrado na Câmara; 10 vereadores aprovaram o pedido, 11 negaram. "A irresponsabilidade de Atila no combate à epidemia da Covid-19 em Mauá chegou a seu ponto máximo com as denúncias de superfaturamento praticado quando da instalação do hospital de campanha. As denúncias apontam irregularidades nos valores praticados e fortes indícios de desvio de recursos públicos. É dever da Câmara fiscalizar o Poder Executivo. Barrar a proposta só confirma possíveis irregularidades”, afirma Marcelo.

Ele liderou a busca por assinaturas para incluir o pedido na sessão dessa terça-feira (23/6) e por pouco não derruba a base governista e aprova a abertura de inquérito. Foi de Marcelo também a solicitação de um novo processo de impeachment, que foi negado por 14 votos a 7 na mesma sessão. "Acharam R$ 19.300 nos dutos de ar condicionado da casa do secretário. O promotor responsável pelo caso já deixou claro que há fortes indícios de crimes na contratação dessa OS. Estou aqui cumprindo meu papel que é o de questionar e investigar pelo povo de Mauá", defendeu Marcelo.

O vereador, no entanto, conseguiu que o pedido, também protocolado por ele, de uma comissão de acompanhamento parlamentar fosse aprovada. Na prática, a Câmara deverá eleger vereadores para fiscalizar diretamente contratos do combate ao coronavírus assinados pela gestão de Atila, principalmente para utilização de recursos federais. O chamado orçamento de guerra já aprovado pelo governo federal, deverá render R$ 53 milhões para Mauá utilizar contra a Covid-19. "Quero agora que o governo demonstre transparência, se não há o que esconder, e me inclua nessa comissão para acompanhar de perto a utilização desses gastos", destacou ele.