Paula Cabrera
O vereador Marcelo Oliveira (PT) pediu e a Prefeitura acatou. Mauá vai pagar um abono salarial de R$ 300 para 1.342 profissionais da Saúde da rede municipal.
O anúncio foi confirmado ontem pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB) em suas redes sociais. Segundo ele, o valor será pago para aqueles "que estão na linha de frente nessa guerra contra o coronavírus e trabalhando para proteger a nossa gente". A medida será válida para servidores efetivos, celetistas, agentes comunitários de Saúde, agentes de combate a endemias e profissionais de apoio.
O documento de Marcelo solicitando o envio de um projeto do Executivo para pagar o abono foi recebido pelo gabinete do prefeito na última sexta-feira (3/4). A proposta de Atila chegou nesta terça-feira (7/4) na Câmara Municipal e deve ser votada em sessão extraordinária ns quinta-feira (9/4). No ofício (veja abaixo), no entanto, Oliveira solicitava que o valor pago fosse equivalente a um salário mínimo (R$ 1.045,00).
Vereadores fiscalizam ações de Atila no combate à pandemia
Os vereadores de Mauá, aliás, têm se empenhado na fiscalização das ações do prefeito no combate à pandemia. Nos bastidores, as ações do prefeito são tidas como "muito eleitoreiras e pouco efetivas".
Os vereadores do PSL, Professor Betinho e Sinvaldo Carteiro têm questionado abertamente as decisões de Atila. Betinho chegou a gravar video nesta terça questionando o Hospital de Campanha no Paço. Segundo ele, apenas a lona usada para cobrir o espaço custou R$ 700 mil aos cofres municipais. "De quem é essa lona? Que empresa está fornecendo?", reclama ele ao criticar também a localização escolhida. Ele afirma que a proximidade com o piscinão do Paço poderia ser "foco de contaminação". Já Sinvaldo pediu ao prefeito explicações sobre os testes rápidos que devem ser adquiridos via Consórcio Intermunicipal. Ele cobra a chegada dos produtos, mas também a quantidade de testes e o valor que deverá ser pago.
Por fim, Adelto Cachorrão (Republicanos) protocolou projeto que pede que todos os cargos municipais com remuneração acima de R$ 5 mil doem metade do vencimento ao Fundo Municipal de Solidariedade para a compra de cestas básicas para as famílias atendidas por programas sociais. Entrariam na linha de frente prefeito, secretários, adjuntos, coordenadores e gestores, além dos 23 vereadores da cidade. A administração do prefeito Atila não atendeu a reportagem sobre os testes.