Profissionais que estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 relatam histórias de superação em meio à pandemia; neste sábado celebra-se o Dia do Motorista
Sentada no banco da frente de uma das viaturas do Samu de São Bernardo, a condutora Débora Viana Laurindo, 38 anos, não esconde a concentração do seu olhar em direção à central de atendimento do serviço. Localizada há poucos metros de distância do Hospital de Urgência, complexo referência no atendimento de pacientes infectados pela Covid-19 no município, a base é o ponto de partida diário de Débora para o socorro de pacientes com suspeita de infecção pelo vírus e demais problemas clínicos.
Há exatos 12 anos, Débora vive diariamente a adrenalina e a tensão de dirigir uma das viaturas do Samu. No entanto, desde o início da pandemia, a profissional tem lidado com uma rotina totalmente diferente, regrada de novos protocolos. “Com o Coronavírus, o desgaste emocional, como também o físico, aumentou muito neste período. A atenção tem sido redobrada, inclusive, ao término da ocorrência, quando chegamos na base e realizamos a higienização total da ambulância. O que nos move é o sentimento de gratidão em poder ajudar a população neste momento tão difícil, além do amor a profissão”, relata a profissional.
Categoria de profissionais considerada fundamental para o desenvolvimento da cadeia econômica do País, os condutores como a Débora recebem neste sábado (25/07) homenagem em todo o Brasil, em celebração ao Dia do Motorista.
Assim como profissionais da Saúde, os motoristas têm dado exemplo de amor e responsabilidade à profissão desde o início da pandemia, caso dos condutores socorristas do Samu, dos motoristas de aplicativos e também do transporte público, dentre outros.
“A responsabilidade da nossa profissão aumentou muito com a pandemia, mas quando se trabalha com amor e dedicação tudo fica mais fácil e gratificante”, destaca José Rubens Zanotti, que há 30 anos atua como motorista de ambulância e hoje está como encarregado dos condutores do Samu de São Bernardo.
GRATIDÃO – Para Jorge Luiz Vivancos, 54, o trabalho redobrado tem sido recompensado diariamente com gestos de solidariedades vindos de familiares e até mesmo pacientes atendidos. “Frequentemente somos surpreendidos com atos de gratidão de pessoas socorridas por nós. Isso nos motiva a seguirmos em frente na batalha diária de enfrentamento a pandemia”.