Figura conhecida no meio político, ele tem boa relação nas esferas estadual e federal para trazer recursos para Mauá

Por Paula Cabrera

Rômulo Fernandes é ex-vereador por Mauá, ex-superintendente da Sama (Saneamento Básico de Mauá), da Arsep (Agência Reguladora de Serviços Públicos) e ex-secretário das pastas de Planejamento Urbano e Verde e Meio Ambiente de Mauá. Além disso, é reconhecido por ser um dos principais articuladores do PT na região do ABC. “Percebi que meu perfil é realmente de conciliador quando Santo André não apresentou nomes para me apoiar nessa jornada para deputado estadual”, afirmou durante a entrevista ao JNC.

À frente das secretarias municipais de Planejamento Urbano e de Verde e Meio Ambiente, Rômulo celebrou a reforma do Centro de Proteção Animal, que faz atendimentos gratuitos a pets na cidade e que ganhou novo espaço na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, e também o aumento no investimento das ações do Castramóvel. “Sabemos da importância de um centro com mais serviços e melhor espaço para atendimento aos nossos pets. Foi uma alegria participar dessa conquista”, diz.

Com uma família profundamente ligada à história de Mauá, Rômulo diz que cresceu em um ambiente politizado. Ele é filho de Celcina Pereira Fernandes, filiada histórica do PT e militante de movimentos sociais ligados à Igreja Católica; a ex-parlamentar teve atuação política nas chamadas comunidades eclesiais de base e ajudou a fundar o PT na cidade. Em 1982, foi eleita para o Legislativo com 884 votos. “Minha mãe encabeçou diversos projetos em Mauá, como a Estação Guapituba, a primeira brinquedoteca, o pontilhão. São coisas que as pessoas não lembram porque vem pronto, mas não sabem a luta que foi para chegar a isso”, diz Rômulo, que tem dois filhos e a esposa - todos apoiando firmemente sua eleição, e um cachorro, que é seu grande companheiro.

Para Rômulo, a importância de se eleger nesta eleição passa pela necessidade de levar à Assembleia Legislativa representantes que estejam ambientados com as lutas da nossa região. “As pessoas não gostam de discutir políticas, mas quando você acende uma luz, é o político que define; quando você liga o gás, é o político que define; quando você abastece seu carro, é o político que define. A política é um bom instrumento para mudar a vida das pessoas.”

Sobre os projetos que deve defender como deputado, Rômulo destaca a volta da discussão de implementação do metrô no ABC e projetos que auxiliem jovens na entrada no mercado de trabalho. “Quando vemos o nosso ABC, com 3 milhões de pessoas e vários problemas pontuais, percebemos que algumas pautas têm sumido. Por exemplo, o metrô está na gaveta. Com um orçamento de R$ 330 bilhões do Estado e com 3 milhões de pessoas, como essa discussão não está na mesa do governador? E tem mais: presta atenção quando um cadeirante vai pegar um trem em Mauá - é uma humilhação. Ele tem que pedir ajuda para os guardas para chegar na plataforma. Como o Estado mais rico do país passa por um perrengue desse? Não é falta de dinheiro, é falta de sensibilidade política”, afirma.

Por fim, Rômulo abordou a importância de um intermediário para auxiliar com verbas para a saúde. “O Hospital Nardini atende toda a microrregião. O Marcelo tem feito uma briga danada para conquistar verbas e ele recebeu só R$ 1,5 milhão. Quem está nessa briga para aumentar esse valor? Ninguém está, mas alguém tem brigar para melhorar essa situação”, diz. Precisamos ter um olhar mais carinhoso, com mais cuidado; um olhar para transformar a realidade. As pessoas podem não ter a dimensão da importância do seu voto, mas é muita coisa em jogo, inclusive a democracia. O povo brasileiro está dando sinais que quer mudar e o povo do ABC tem que enxergar isso: temos que botar gente para transformar nossa cidade, nossa região", conclui.

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