Proposta que entrou em regime de urgência quer suprir defasagem de servidores municipais para abril

Paula Cabrera

A Câmara de Mauá aprovou nesta terça-feira (2/3), em primeira votação, projeto de lei de autoria do Executivo que autoriza a contratação de aproximadamente 500 servidores temporários na área da educação, como forma de repor profissionais atingidos de alguma maneira pela crise da Covid-19. A aprovação da proposta, votada de maneira emergencial, sinaliza que o prefeito Marcelo Oliveira (PT) começa a se alinhar com o chamado G-14, grupo de 14 vereadores que tem dominado as pautas do Legislativo.
A aproximação começou a cerca de duas semanas, quando diferentes parlamentares do grupo começaram s ser vistos com maior frequência nos corredores do Paço. Na última semana, Mazinho, Madeira, Vaguinho, Sargento Simões e Samuel Enfermeiro teriam participado de reunião com o secretário de Governo, Leandro Dias, e depois teriam sido recebidos pelo prefeito. Na manhã desta terça-feira, antes de o projeto entrar de maneira emergencial para aprovação, teria havido um novo encontro entre vereadores e prefeito, às 9h.
O presidente da Câmara, Zé Carlos Nova Era (PL) confirmou ao JNC uma aproximação entre os poderes. "Temos o interesse de olhar pelo melhor de Mauá, sempre. Fomos eleitos nessa intenção. O Marcelo tem se mostrado mais aberto a nos receber sim, mas não estamos 'negociando' apoio, e sim alinhando posturas para garantir sempre o melhor para os moradores", garantiu ele, que disse que "o namoro" avançava bem.

Após o encontro dessa manhã, o projeto recebeu todos os pareceres necessários para entrar na pauta do dia. A proposta foi aprovada sem discussão, e, se aprovado em segunda discussão na semana que vem, o texto segue para sanção de Marcelo.
A intenção da Prefeitura é contratar professores da educação básica, auxiliares de desenvolvimento infantil e merendeiras. O contrato será firmado por período de seis meses, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período e por uma única vez. Haverá um processo seletivo público simplificado para contratação dos servidores.
Na justificativa do projeto, Marcelo argumentou que há defasagem no quadro de funcionários da educação, em especial as merendeiras. Como o concurso público para preenchimento das vagas está suspenso diante do estado de calamidade pública decretado pela Prefeitura diante da pandemia de Covid-19, o descompasso aumentou nos últimos meses.
O projeto lembra ainda que as aulas presenciais têm início marcado para a primeira semana de abril – data que pode ser adiada diante do aumento do número de casos e mortes pelo novo coronavírus.