Hoje são 1.345 mortes relacionadas a COVID-19, mais de oito confirmações por hora desde ontem; mortalidade cresceu 21 vezes no interior, litoral e Grande SP
O Estado de São Paulo registra nesta quinta-feira (23) um novo recorde, chegando a 1.345 mortes por coronavírus, com aumento de 211 óbitos nas últimas 24h. Esse é o maior número já confirmado nesse intervalo de tempo, sendo mais de oito vítimas da doença por hora, desde ontem.
Hoje, são 114 cidades com pelo menos uma vítima fatal da COVID-19. SP tem ainda 16.740 casos confirmados da doença, distribuídos em 256 municípios.
A doença avança fora da capital, onde a concentração de mortes caiu de 87% para 67% neste mês. Por outro lado número de óbitos cresceu 21 vezes no interior, litoral e outras cidades da Grande São Paulo. Balanço desta quinta aponta 433 mortes nessas regiões. No dia 1º de abril, eram apenas 20 mortes fora da cidade de São Paulo.
Também se verifica aumento expressivo nas internações, com 7 mil suspeitos e confirmados nos hospitais de SP – 2.807 internados em UTI e 4.196 em enfermaria.
A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos COVID em UTI no Estado de São Paulo está em 55,3%. Na Grande São Paulo a taxa está em 74%.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 789 homens e 556 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,5% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (350 do total), seguida por 60-69 anos (300) e 80-89 (275). Também faleceram 105 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (160 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (92), 30 a 39 (47), 20 a 29 (13) e 10 a 19 (3).
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,8% dos óbitos), diabetes mellitus (42,7%), pneumopatia (14%), doença neurológica (11%) e doença renal (11%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.123 pessoas que faleceram por COVID-19 (83,5% do total).