Vereador e seu pai entrarão com queixa-crime pedindo investigação da PF

Paula Cabrera

O vereador Fernando Rubinelli (PTB) e seu pai, o ex-deputado e pré-candidato à Prefeitura Wagner Rubinelli (PTB) devem apresentar uma queixa-crime no Ministério Público Eleitoral por terem sido vítimas de um vídeo de fake news que correu as mídias sociais nesta semana. Segundo eles, a solicitação será para que o MPE peça a abertura de investigação na PF (Polícia Federal) para apurar possíveis crimes de cunho eleitoral. "Fake news é crime e está sendo discutida e investigada em diferentes esferas. Na Federal já houve demonstrações da possível aprovação da lei e a PF já demonstrou em diferentes operações que é possível rastrear essa rede e punir os culpados", diz Rubinelli.
O vídeo, com voz distorcida, circulou no início da semana e trazia uma série de acusações contra boa parte dos possíveis candidatos da cidade como Rubinelli, Juiz João (PSD), Marcelo Oliveira (PT), Policial Mauro Roman (PRTB), Donisete Braga (PDT) e Vanessa Damo (MDB). Coincidentemente, o prefeito Atila Jacomussi (PSB) era o único não citado no vídeo. "Estamos preparando o documento para apresentar ao MPE e solicitar uma investigação completa. Está mais do que provado que fake news é crime e o uso dela em campanhas eleitorais pode causar punição severa", diz Rubinelli.
O vereador afirma ainda que a voz do vídeo já foi revertida e há pistas que apontam para possíveis responsáveis.
Vale lembrar que mesmo antes da discussão para aprovar uma lei que vetasse o uso de fake news para auxiliar campanhas, a deputada estadual Vanessa Damo (MDB) foi punida com a perda de seu mandato por conta de um jornal apócrifo que fazia menção a um suposto envolvimento do ex-prefeito Donisete Braga com a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). Na ocasião, a gráfica que imprimiu os jornais foi declarada nas despesas de campanha de Vanessa. A parlamentar sempre afirmou que não participou do caso, mas a Justiça entendeu que ela seria a possível beneficiada da situação e cancelou seus direitos políticos por oito anos.