Escrevo este artigo inspirado no livro Governabilidade, para entender a política. A sociedade necessita de gestores que inovem o modelo público. A corrupção tem demonstrado isso de forma clara na cidade de Mauá -  foi instaurado um inquérito civil pelo MPSP sobre o Hospital de Campanha. Isso compromete a “popularidade” que o agente público tem demonstrado e reafirmado em ações, mesmo descumprindo, dentro da possibilidade, o isolamento social. 
   Em diversas inaugurações, o gestor público tem reafirmado que em Mauá foi inaugurado o primeiro hospital de campanha com equipamentos diferenciados do Estado de São Paulo, quiçá do Brasil. É extremamente importante ressaltar que os serviços públicos não podem ser únicos e tampouco  acolhido como mercadoria, mas o contrário - deve prever e garantir que a constituição prevaleça, não utilizando de momento crítico para inaugurações astronômicas e até mesmo com número elevado de pessoas.     
   Li que a ausência da ética deixa um grande vácuo onde se propaga a corrupção. Em poucas palavras: qualquer deslize que descambe para o desvio de recursos públicos ou favorecimento, deve ser investigado pelos órgãos competentes, e que  caso se comprove qualquer ato ilegal, é necessário que haja punição. 
   Outrossim,  governar por meio da formação de coalizões é um imperativo dos sistemas políticos multipartidários,  os quais estão inseridos no Brasil. Sem a formação destas coalizões não há governos minimamente estáveis, capazes de produzirem decisões políticas a partir de agendas cruciais nos três poderes. Mas será que esta mesma linha explicativa se aplica à maneira como se constrói a governabilidade nos municípios? Sabemos realmente como são governados os municípios ou inferimos, a partir do que sabemos, do funcionamento dos demais níveis de governo, a respeito de como se governa localmente.
   Por fim, a governabilidade é o objetivo a ser perseguido por todo bom governante que assume o comando em regimes democráticos. Seja em sistemas parlamentaristas, seja em sistemas presidencialistas ou, ainda, em sistemas semipresidencialistas. Uma coisa é certa: a governabilidade sempre vai ser entendida como o sucesso com que o governo consegue a aprovação de sua agenda de políticas. E por se tratar de regimes democráticos, é preciso aqui destacar que tal aprovação depende dos membros de um parlamento ou de um Legislativo.