O número de mortes relacionadas ao novo coronavírus mais que dobrou no Estado de São Paulo em apenas dez dias. Neste sábado (2), são 2.586 óbitos, um aumento de 128% em comparação ao dia 22 de abril, quando havia 1.134 vítimas fatais da COVID-19 em SP.
Além disso, a mortalidade passou a ser verificada em 150 municípios, 50 a mais que dez dias atrás.
O número de pessoas infectadas praticamente duplicou, saltando de 15.914 para 31.174 casos (95% de aumento). Havia um ou mais casos de COVID-19 em 241 cidades, e agora já são 332.
Com a expansão da doença pelo território, o interior, litoral e Grande São Paulo passam a concentrar 35,7% dos óbitos (925 do total), um aumento superior a quatro pontos percentuais em dez dias, quando havia 569 mortes (31,3%).
Houve também crescimento de quase cinco pontos percentuais nessas regiões com relação aos casos, que agora possuem 37,4% do total (11.680), contra 32,8% (6.457) nesse mesmo intervalo de tempo.
Nos hospitais de SP há, hoje, 8,7 mil pacientes internados, somando 3.387 em UTI e 5.327 em enfermaria.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a COVID-19 neste sábado é de 66,2% no Estado de São Paulo e 87,5% na Grande São Paulo.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.517 homens e 1.069 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,5% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (645 do total), seguida por 60-69 anos (572) e 80-89 (407). Também faleceram 177 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (346 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (202), 30 a 39 (100), 20 a 29 (25) e 10 a 19 (8), e um com menos de dez anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,1% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (11,7%), doença neurológica (11,5%) e pneumopatia (10,9%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em 2.096 pessoas que faleceram por COVID-19 (81,1%) do total.