Tribunal afirmava em parecer que prefeito ultrapassou gastos, endividou cidade e não pagou precatórios

Por Paula Cabrera

A Câmara de Ribeirão Pires rejeitou as contas de 2018 do ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). Foram 15 votos para manter o parecer TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). Foram 15 votos para manter o parecer TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). Rato votou para reverter a decisão e apoiar Kiko e Lau se absteve de escolher. Com a decisão, o ex-prefeito pode ficar inelegível por mais oito anos.
O parecer do TCE mostrou uma série de irregularidades nas contas públicas de 2018. De acordo com o relator Renato Martins Costa, a administração do ex-prefeito Kiko Teixeira cometeu desequilíbrio fiscal e causou desequilíbrio no caixa municipal que teria derrubado a liquidez imediata do município.
Segundo o órgão em 2018 houve um déficit orçamentário de R$ 14.758.654,42 (5,25%) com resultado Financeiro Deficitário da ordem de R$ 96.344.876,49 naquele exercício fiscal. O TCE aponta ainda que o valor empregado em precatórios foi irregular, já que a cidade não teria feito, ou vislumbrado, nenhum pagamento no período.
Vale lembrar que o ex-prefeito não vive seu melhor momento na política local. A Câmara Municipal de Ribeirão Pires rejeitou no ano passado, por 12 votos a 5, o parecer do TCE (Tribunal de Contas) e reprovou as contas de 2017, primeiro ano de mandato do ex-prefeito de Ribeirão Pires, Kiko Teixeira (PSDB).
Desta vez votaram pela rejeição: Alessandro Dias (Podemos); Alex Aparecido, Sapão (PTC); Amanda Nabeshima; Anderson Benevides (Avante); Diogo Manera; Leandro Tetinha; Edmar Aerocar (PSD); José Nelson da Paixão (Patriota); Márcia Coletiva de Mulheres (PT); Guto Volpi (PL); Professor Paulo César (PL); Sandro Campos (PSB); Koiti; Sargento Alan (PL); e Valdir o Gordo (Podemos).
Com a rejeição, Kiko Teixeira segue inelegível por oito anos. O ex-prefeito já está barrado pela Lei da Ficha Limpa por uma condenação por improbidade administrativa ainda quando era prefeito de Rio Grande da Serra, fato que barrou sua candidatura nas eleições de 2020.