Ex-prefeito viu o balancete de 2020 ser novamente contestado pelo órgão e ameaçar seu futuro político

Paula Cabrera

O ex-prefeito Atila Jacomussi (SD) teve as contas de 2020 rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), último ano de governo e primeiro ano da pandemia de Covid-19. Com a decisão, Atila emplaca o recorde de não ter conseguido nenhum parecer positivo no TCE frente à Prefeitura de Mauá.
A rejeição das contas de 2020 foi feita nesta terça-feira (21/6), em sessão transmitida online pelo TCE. Nela, o conselheiro Renato Martins Costa, relator das contas, citou que houve problemas no pagamento de precatórios e execução orçamentária deficitária que gerou prejuízos aos cofres públicos e ainda cancelamento de restos a pagar processados, ocasionando problemas na apuração da lei de responsabilidade fiscal.
Essa também foi a quarta contabilidade rejeitada com apontamentos negativos – e inconsistência da execução orçamentária.

2018 rejeitadas
Neste mês, a Câmara de Mauá manteve rejeitadas as contas de 2018. A decisão coloca em xeque o futuro político de Atila, que quer ser candidato a deputado estadual. Atila deve entrar com ação judicial para reverter a decisão. No entanto, o ex-prefeito dificilmente se enquadra no projeto de lei que prevê a anistia de políticos condenados pelo TCE a perda de direitos políticos, já que os problemas apontados pelo TCE envolvem os chamados "vícios insanáveis", que são apontamentos sobre não aplicação mínima em saúde e educação, por exemplo. Pela lei aprovada neste ano pelo presidente Jair Bolsonaro, apenas quem teve pequenos apontamentos, corrigíveis por multa, poderia ser beneficiado.
Agora, é esperar cenas dos próximos capítulos.