Óbitos aconteceram na última semana e reforçam necessidade de ampliar vagas na cidade

Da Redação

A Prefeitura de Ribeirão Pires confirmou a morte de duas pessoas no município por complicações da COVID-19 enquanto aguardavam liberação de leitos de UTI. Uma faleceu no dia 1 de março e a outra no último domingo, dia 7. Ambas estavam internadas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia e aguardavam leitos no CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde). As duas estavam com pedido de internação em UTI devido à gravidade do quadro de saúde. Porém, as vagas não foram disponibilizadas e os pacientes morreram. Há 10 dias o Hospital de Campanha de Ribeirão Pires opera com 100% de ocupação e já não recebe mais novos pacientes.
Desde o início de fevereiro, a Prefeitura de Ribeirão Pires vem alertando o governo do Estado sobre a necessidade de investimentos tanto no Hospital de Campanha da cidade, quanto na viabilização de equipamentos para municípios vizinhos, como Mauá, Rio Grande da Serra e Suzano, pois mais de 30% dos pacientes atendidos em Ribeirão Pires são provenientes dessas localidades. Graças ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o Hospital de Campanha de Ribeirão Pires não vai encerrar as atividades neste mês, pois a entidade se comprometeu a realizar um aporte financeiro para manter o equipamento funcionando. Porém, caso governos Federal e Estadual não mandem recursos para a cidade, é possível que a estrutura seja desmobilizada no mês de abril.
Por fim, o prefeito Clóvis Volpi está tentando de todas as formas resolver a situação. Tem feito contatos diretos e também já encaminhou ofício junto com relatório sobre a situação do município ao governador João Doria, ao Ministério Público, aos deputados estaduais e à bancada paulista de deputados federais. Até o momento, apenas o Consórcio Intermunicipal se comprometeu a ajudar a cidade.

Esperamos que a situação se resolva nos próximos dias. Trabalho e disposição para resolver não vão faltar.