Devem ser atingidas linhas azul, vermelha e verde; Justiça pediu manutenção em horário de pico, mas sindicato não confirma adesão

Das agências

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu entrar em greve nesta terça-feira (28/7). A decisão foi tomada em assembleia online na noite desta segunda. A paralisação deve afetar as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô, administradas pelo estado. Os operadores das linhas 4-amarela e 5-lilás não costumam parar.
Com a greve, a expectativa é que as linhas de ônibus da região metropolitana de São Paulo sejam afetadas, com grande aglomeração de passageiros —situação contraindicada por especialistas em meio à pandemia da Covid-19, que requer distanciamento para evitar a disseminação do novo coronavírus.
A Justiça do Trabalho concedeu liminar ao Metrô determinando que haja 95% de funcionamento do serviço no horário de pico, entre as 6h e as 9h e entre as 16h30 e as 19h30. Nos demais horários, deve funcionar 65% da operação em todas as estações.
Além disso, decidiu que "deverão ainda ser observadas, durante o período de greve, as atribuições de cada funcionário, inclusive dos engenheiros, não se admitindo alterações objetivas do contrato."
Caso as determinações sejam descumpridas, o tribunal prevê multa diária de R$ 150 mil para o sindicato e R$ 500 mil para o Metrô.
Os metroviários protestam contra a recusa do Metrô em extender o acordo coletivo da categoria, que expiraria no fim de abril e que previa adicional noturno de 50% (a empresa propõe 20%) e hora extra paga em 100% (a empresa propõe 50%), entre outras garantias.
Além disso, na última semana, a empresa anunciou um corte de 10% nos salários.
O sindicato afirma que não é possível garantir que a categoria ofereça 95% do serviço no horário de pico.
Em rede social, o Metrô afirmou que vai acionar seu plano de contingência para minimizar os transtornos à população, e que lamenta a decisão do sindicato.