Das agências
O governo do Estado cancelou a assinatura que confirmaria a entrega do serviço de água de Mauá para a Sabesp. A decisão teria sido tomada após a operação conduzida pelo Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público, e pela Polícia Civil contra o governo de Atila Jacomussi (PSB). A empresa divulgou a informação ao mercado financeiro no fim do dia de ontem, com a informação de que a assinatura foi adiada e sem estabelecer novo prazo.

A expectativa era a de que o secretário de Meio Ambiente do Estado, Marcos Penido, e o diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga, viessem à cidade.
O cancelamento da agenda também foi confirmado pela Prefeitura de Mauá no meio da tarde desta segunda-feira. “Em decorrência de uma reunião emergencial do governador João Doria com o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Rodrigues Penido, a Sabesp solicitou o adiamento da coletiva de imprensa que tratará da concessão dos serviços de abastecimento de água na cidade. O acordo depende da assinatura do chefe do governo paulista, assim tendo o pontapé para solucionar um problema de quase três décadas, que é a falta de água à população, além de trocar um passivo de R$ 3,5 bilhões por investimentos de R$ 219 milhões na modernização da rede.”
Nos bastidores, a informação é que a operação policial ocorrida ontem, que apura suspeita de superfaturamento na montagem e na gestão do hospital de campanha de Mauá, foi o real motivo para o adiamento da assinatura do contrato. O governo do Estado evitou associar sua imagem aos desdobramentos da ação policial.

Atila minimizou o episódio. “Não acredito que a situação de hoje (ontem) influenciou na agenda com a Sabesp. Nossa relação com o governo do Estado está bem tranquila. A assinatura pode acontecer até quarta-feira (amanhã). Só estamos aguardando o João Doria acertar um horário na sua agenda para participar da assinatura. Assim que assinar, a Sabesp já poderá realizar a operação.”