Suplente do PT tem se destacado em buscar melhorias para autistas, deficientes e para a Saúde

Mulher mais votada da última eleição municipal, Cida Maia (PT), suplente do PT, tem uma história de vida que se mistura às mudanças sociais de Mauá. Nascida no Ceará, Cida mora na cidade há 43 dos seus 50 anos. Militante na juventude e eleita a primeira conselheira e gestora de Saúde no Zaíra, ajudou a definir a organização da Saúde na Lei Orgânica de Mauá. "Fui gestora de Saúde da UBS ZAIRA II. Foi um momento muito especial na minha formação", diz.

Professora da rede estadual de ensino, com 31 anos no magistério, direcionou sua militância para o movimento sindical, filiando-se a APEOESP, sendo representante e conselheira municipal. "Na Rede Estadual de Educação, passei por diferentes momentos: estagiária, professora, vice-diretora, diretora efetiva e atualmente designada como supervisora de ensino na Diretoria de Ensino Regional Mauá", conta. Filiada ao PT desde 1989, foi como presidenta municipal da sigla que assistiu ao impeachment da Presidenta Dilma, situação que ainda lamenta. "Dilma, assim como muitas mulheres, saiu de cabeça erguida de um processo onde o machismo prevaleceu, mas ela não esmoreceu, como sempre fazemos", diz ela. Cida argumenta que sua militância possibilitou os apoios e incentivos, e assim teve seu nome lançado à Câmara. Mauá não possui mulheres na Câmara há pelo menos 12 anos.

"Como já esperava, foi árduo, foi dolorido em determinados momentos, mas também foi de aprendizagem. Faltaram 31 votos para conquistar uma vaga na Câmara e ser a única mulher eleita", diz.
Defensora de Políticas Públicas de Inclusão e Justiça Social, ela tem se destacado no município. Cida intermediou nos últimos meses a inclusão de autistas e surdos nas prioridades da vacinação contra a Covid-19 e elaborou diferentes projetos, já entregues ao governo atual, para auxiliar nas políticas de inclusão. "Políticas Públicas, para mim, é ir ao encontro do bem-estar, seja físico, mental, psicológico ou emocional. Encontro esse que tem a ver com saúde, educação, habitação, saneamento básico e outras necessidades da vida. Por isso acredito que minhas bandeiras tem uma relação direta com a área da saúde principalmente a preventiva", avalia.
Para ela, que diz que a luta pela igualdade passa pela educação inclusiva, a derrota eleitoral foi apenas um percalço no caminho, já superado.