Houve pontos intransitáveis principalmente na região central da cidade por volta das 13h

Paula Cabrera

Fortes chuvas voltaram a castigar Mauá nesta terça-feira (28/12). Em pouco mais de 30 minutos, as águas tomaram avenidas e causaram caos na cidade.  Ficaram intransitáveis pontos como a rodoviária, a região central --próximo a estação de trem-- a avenida Capitão João e a Portugal, na região do Paço Municipal, da Vila Vitoria e do Guapituba. A região do centro registrou água acima da média nas proximidades da rodoviária, o que tornava difícil a saída da estação de trem. A água atingiu ainda a Câmara de Mauá e invadiu o térreo do prédio do Legislativo, no corredor dos gabinetes dos vereadores. O estacionamento também ficou inundado. A circulação de trens voltou por volta das 17h, com maior intervalo de circulação. Entre as 13h e as 17h o fluxo foi interrompido por conta de enchente na linha férrea.
A chuva escureceu o céu por volta das 13h e por mais de 30 minutos a chuva foi torrencial, com constantes trovoadas e relâmpagos.
Esse foi o segundo temporal que castigou o município neste mês, o anterior ocorreu há exatamente 15 dias e, segundo a administração municipal, trouxe 60% da chuva esperada para todo o mês de dezembro em apenas 24h.
A Prefeitura de Mauá lançou no início deste mês (03/12) a Operação Chuvas de Verão. A ação é gerenciada pela Defesa Civil da cidade e integra toda a administração. A Operação está em funcionamento desde o último dia 1º de dezembro e tem previsão de encerramento em 15 de abril de 2022, podendo ser prorrogado em caso de necessidade.
Segundo o prefeito, o trabalho de prevenção foi iniciado no primeiro dia de governo, mas encontrou dificuldades por conta da situação de abandono que se encontrava a Defesa Civil. “Reativamos os equipamentos que auxiliam no planejamento de ações, voltamos a estabelecer convênios com os governos estadual e federal, o que nos possibilitou receber novas ferramentas essenciais para a atuação da Defesa Civil, como os 26 pluviômetros, as 6 plataformas de coletas de dados e 4 fluviômetros. Com muita responsabilidade e dedicação conseguimos reunir as condições para fortalecer essa atuação tão fundamental”, garantiu o chefe do Executivo.
Os agentes da coordenadoria vão se revezar na escala de plantão para acompanhar as mudanças meteorológicas e a intensidade das chuvas. O plano preventivo respeita quatro escalas: observação, atenção, alerta e alerta máximo. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Sérgio Moraes, os critérios determinados para o município são mais exigentes devido à complexidade das áreas de risco da cidade. “Enquanto a maioria das cidades trabalha com 100 mm de chuvas em 72 horas, consideramos 50 mm para entrarmos em estado de atenção. Com isso, temos mais condições de nos antecipar para agir com rapidez e prevenir acidentes graves”, explicou.
A atual gestão trabalhou intensamente ao longo de 2021 para a cidade reunir condições ideais para enfrentar o período das chuvas. Desde o começo do ano, a Secretaria de Serviços Urbanos atuou em toda Mauá, limpando ruas, sarjetas, rios, córregos, galerias e bocas de lobo.


SANTO ANDRÉ

Há ainda fotos circulando nas mídias sociais que mostram que a avenida Perimetral, a avenida dos Estados e a Capitão Mario de Toledo, em Santo André também transbordaram com as chuvas dessa terça-feira. As Prefeituras ainda não emitiram nota oficial.