Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro visitou a cidade nesta terça-feira

Paula Cabrera

Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro, visitou Mauá nesta terça-feira (8/2), onde fez uma palestra durante um café da manhã conduzido por Eduardo Zago, presidente da ACIAM (Associação Comercial de Mauá).
Sem definição de partido, Weintraub já deu início à caravana em busca de apoio ao seu nome, que deve ser lançado ao governo do Estado. Ele tem feito visitas no interior do estado e já percorreu mais de dez cidades, até ser recebido pelo empresariado de Mauá.
Na cidade, Weintraub contestou a aliança de Bolsonaro com o centrão, a quem criticou. Ele afirmou que os partidos devem trair o presidente em breve e voltou a defender o conservadorismo político e também educacional. Ex-integrante da ala ideológica do governo Bolsonaro, Weintraub é um discípulo do escritor Olavo de Carvalho, crítico do que ele chama de globalismo, ideologia de gênero e negacionista do aquecimento global como um fenômeno produzido pela ação humana.
Weintraub ainda defendeu na visita o direito aos pais de não vacinarem seus filhos contra a Covid-19. Sobre o empresariado, ele defendeu a maior autonomia e defesa dos pequenos empresários frente ao que ele chamou de monopólio de grandes empresas. Para Weintraub, o governo erra ao auxiliar os grandes e deixar os pequenos sem auxílio. No evento, o ex-ministro condenou ainda programas como o da progressão continuada --que promove alunos aos próximos anos, mesmo sem o desempenho efetivo em sala de aula.
Já discursando sobre Mauá, o ex-ministro condenou a recente decisão municipal de reduzir a cobrança de ISS (Imposto sobre Serviços) para a Suzantur em detrimento de outros comerciantes, afirmando que a Prefeitura deveria conceder direitos iguais ao empresariado do município.
A visita de Weintraub segue o plano de buscar apoios ao nome do ex-ministro em sua plataforma eleitoral. Ele quer ainda fazer uma dobradinha ao lado do irmão, Arthur Weintraub, que pode ser candidato ao Senado ou à Câmara.

Mandado de segurança
No evento a Aciam confirmou ter ganho na Justiça uma liminar para restabelecer o valor do Vale-Transporte pago pelos empresários --o valor foi fixado no ano passado em R$ 6, enquanto a passagem custa agora R$ 5. "Conseguimos essa primeira vitória e agora batalhamos que seja fixado a tarifa em R$ 4,20", afirmou Eduardo Zago.