Vicentinho deixa a Câmara após mais de 20 anos

Paula Cabrera

A polarização das eleições fez com que os partidos de apoio de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) tivessem o melhor resultado nas urna e, com isso, o ABC acabou perdendo três deputados com mandato atualmente.
Após cinco mandatos consecutivos e 20 anos de Congresso, Vicentinho (PT), não conseguiu se reeleger para a Câmara Federal, com 81.999 votos. No entanto, ele fica na segunda suplência e pode voltar aos quadros em caso de um futuro governo do PT, já que antigos ministros de governos petistas anteriores, como Luiz Marinho, Alexandre Padilha, Jilmar Tatto, Arlindo Chinaglia também conquistaram vagas por São Paulo.
Coronel Nishikawa (PL), eleito deputado estadual na última eleição, que tentou vaga de deputado federal, não foi eleito. Ele alcançou neste ano apenas 8.166 votos, sem grandes chances na suplência pelo PL.
Márcio da Farmácia (Podemos), também de Diadema, que tentava a reeleição teve teve 37.688 e também não retorna à Assembleia no ano que vem.
Para os próximos anos, a Alesp verá uma diminuição no número de partidos na Casa: a representação partidária cairá de 24 siglas, em 2018, para 18, a partir do ano que vem. Por outro lado, 45% dos eleitos são novatos, ao menos na Casa.
Na renovação estão Ana Carolina Serra (Cidadania), que teve esmagadores 198.696 votos, a mairo votação já registrada em um candidato no ABC.
O partido de Bolsonaro foi o maior vencedor quando as urnas foram abertas no domingo, com 19 parlamentares eleitos. O PT, no entanto, com 18 vencedores, encostou e disputará o domínio da Casa a partir de 2023 com mais força - em 2018, a sigla elegeu apenas dez. Do total de 84 eleitos, 25 são mulheres, número recorde.
Os números altos obtidos por ambos os partidos não indicam necessariamente renovação. Dos 19 eleitos do PL, por exemplo, 14 já ocupam uma vaga na Alesp. É o caso de Thiago Auricchio, filho do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior.