Prefeituras mandaram nota conjunta à imprensa em que explicam motivos

Paula Cabrera

A eleição do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) causou um colapso no Consórcio Intermunicipal do ABC. São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires anunciaram no início desta tarde que deixaram o órgão. A nota informa que "após inúmeras tentativas em devolver o protagonismo ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, as prefeituras de São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires oficializam, nesta terça-feira (20/12), que se desligam da instituição. Diante de um modelo obsoleto e da pouca produtividade do Consórcio, as prefeituras acreditam que os recursos empenhados mensalmente à entidade serão melhor aplicados diretamente nos municípios, com mais investimentos em saúde, educação e segurança pública.
Os altos custos da mensalidade do Consórcio não são compatíveis com a realidade dos municípios. E, além disso, o Consórcio não conseguiu suprir os anseios das cidades perante ao Governo do Estado e Federal.  Desta forma, o posicionamento é para viabilizar ações concretas, com economicidade do dinheiro público".
A nota partiu, conjuntamente, das assessorias de imprensa das prefeituras de São Caetano e São Bernardo, mas é assinada também pela prefeitura de Ribeirão Pires.

Entenda o caso

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), foi eleito presidente do Consórcio Internacional do ABC nesta terça-feira (20/12). O prefeito de Diadema, José de Filippi (PT) será o seu vice-presidente. Os petistas devem se manter na presidência do órgão pelos próximos dois anos.
A votação para a presidência, no entanto, foi disputada. José Auricchio Junior (PSDB), prefeito de São Caetano, colocou seu nome na votação. As articulações de bastidores foram acirradas. No final, Marcelo conseguiu quatro votos: Penha Fumegali, prefeita de Rio Grande da Serra e Paulinho Serra (PSDB), de Santo André garantiram os votos necessários além do dos dois petistas. Auricchio teve seu próprio voto, o de Guto Volpi (PL), de Ribeirão Pires, e o de Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo.
Neste último ano, por exemplo, São Bernardo não participou das discussões do órgão por desavenças entre Morando e Paulinho. A eleição de Marcelo apenas acirrou mais os ânimos.
Neste último ano, o órgão foi fundamental para auxiliar a chegada de recursos, como para o Hospital Nadinu e o Santa Luzia. O piscinão Jaboticabal também partiu de discussões conjuntas do órgão, assim como o recapeamento de toda a Avenida dos Estados.