Assassinato de família Gonçalves parou o país em 2020

Das agências

O julgamento sobre o crime brutal que paralisou o país em 2020 terminou nesta quarta-feira (14/6) com a condenação deAna Flávia Gonçalves por planejar junto com a ex-namorada Carina Ramos de Abreu a morte do pai, da mãe e do irmão Juan Victor Gonçalves, no dia 27 de janeiro de 2020.
Anaflavia Martins Gonçalves, filha do casal assassinado e irmã da terceira vítima, foi condenada a cumprir a pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão. A namorada pegou 74 anos por ser considerada a mentora do crime. O outro réu, Guilherme Ramos, da Silva pegou 56 anos por participar do roubo e dos homicídios.
Os três foram condenados por roubar e carbonizar o casal Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, e Romuyuki Veras, de 43 anos, e o filho deles, Juan Victor Gonçalves, 15 anos.
Eles estão presos desde a época do crime. Também estão detidos os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina, mas que serão julgados só em 21 de agosto, porque destituíram a advogada nesta segunda-feira (12/06), primeiro dia do julgamento.
Durante as investigações, a Polícia, baseada em provas, chegou à conclusão que Anaflávia e a ex-namorada planejaram o roubo da família pensando que  o casal possuiria R$ 85 mil escondidos na residência. Com a ajuda de ambas, o trio invadiu a casa da família Gonçalves para subtrair o valor.
Segundo apuração do MP (Ministério Público), como os criminosos não encontraram o dinheiro, teriam começado a torturar a família, até tirar a vida dos três com golpes na cabeça. O crime foi brutal, pois além das agressões, os três foram asfixiados e depois colocados dentro do porta malas do carro da família. Eles foram levados até a Estrada do Montanhão, em São Bernardo. Os criminosos ainda colocaram fogo no carro e a família morreu carbonizada.
grupo foi condenado portrês homicídios triplamente qualificados (por motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas); ocultação de cadáver; roubo; e associação criminosa. Na decisão ficou estabelecido que "os sentenciados, em decorrência da gravidade dos crimes, não poderão recorrer em liberdade

Relembre o caso
A avó materna de Anaflavia disse que a neta tinha "péssimo relacionamento" com a família após o início do relacionamento com Carina. Segundo denúncia do MP, as duas queriam ficar com a casa e os carros da família, além de um seguro de vida em nome de Romoyuki — Carina chegou a pesquisar, dias antes do crime, sobre como resgar o prêmio de apólice.
Segundo o Ministério Público, Anaflavia e Carina facilitaram a entrada dos três homens na casa da família. Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram o grupo entrando na casa. Eles simularam um assalto. Os cinco foram denunciados pelo MP em março de 2020.