Candidato reclamou da postura da GCM que, segundo ele, teria agido com censura

Paula Cabrera

A poucos dias da eleição, os ânimos  entre adversários está  cada vez mais acirrado. A GCM (Guarda Civil Municipal) apreendeu nesta quarta-feira (11/11) material do candidato Juiz João Veríssimo (PSD) que fazia ataques ao prefeito Atila Jacomussi (PSB) e a Marcelo Oliveira (PT), adversários da campanha de João. O candidato afirmou em suas mídias sociais que a ação  dos guardas foi um "absurdo" e condenou a ação da GCM que deveria estar protegendo "patrimônio público".
Depois de encontrar três jovens entregando o material, os guardas levaram o grupo e o motorista de uma kombi para a delegacia. Lá o delegado lavrou o boletim de ocorrência como distribuição de material irregular, avaliado caracterizado como possível calúnia e difamação, conforme artigos 324 e 325 da lei eleitoral e acionou o conselho tutelar e os pais dos menores à delegacia para liberação dos menores. O delegado determinou ainda a apreensão do material, que foi encaminhado para a Justiça Eleitoral.
O material trazia diferentes menções as prisões de Atila, a investigação do suposto superfaturamento do hospital de campanha e a decisão da Justiça Eleitoral de vetar propaganda de Atila que dizia que ele havia sido inocentado por tratar-se de fake news.


Ainda havia material que afirmava que Marcelo Oliveira apoiou a saída da empresa Leblon do transporte de Mauá e projetos que teriam recebido o apoio do petista na Câmara. Todo o material era registrado, conforme determina lei eleitoral.


Em nota, a campanha do Juiz afirma
“que colocou na rua um material legal contando toda a verdade sobre as duas prisões do prefeito. Na tentativa de esclarecer à população e relembrar os fatos, nosso material foi apreendido pela Guarda Civil Municipal (GCM). Enquanto o nosso povo vive com insegurança e o patrimônio público é vandalizado, a GCM está atrás de material oficial de campanha. O Jurídico da campanha do Juiz João está estudando medidas junto à Justiça Eleitoral sobre o caso e se coloca à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos”.