Ex-secretário da cidade era responsável por pasta que abandonou projetos de saúde, educação e esporte; Guto Volpi retomou e entregou projetos

Há um mês, os moradores de Ribeirão Pires testemunharam o fim de uma espera que durou 16 anos. A Prefeitura, sob o comando do prefeito Guto Volpi (PL), concluiu as obras do Hospital São Lucas – Unidade Santa Luzia. Iniciada em 2009, a construção ficou paralisada por oito anos e faz parte de um pacote de obras que foram abandonadas entre 2017 e 2020. No período, o secretário de Obras do município era Taka Yamauchi (MDB), hoje candidato a prefeito em Diadema.

Levantamento feito junto ao TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado) aponta que, até 2020, Ribeirão Pires acumulou R$ 6,6 milhões em investimentos que quase foram perdidos pelo município diante da paralisação de seis obras públicas. Projetos de saúde, educação e esporte que foram abandonados sob o comando de Taka Yamauchi.

De acordo com o Painel de Obras do TCE, um dos projetos inacabados era a USF (Unidade de Saúde da Família) do Parque Aliança. O prazo inicial para a entrega do posto de atendimento aos moradores era 2017. A construção teve início na gestão de Saulo Benevides (2013 – 2016), mas foi paralisada. Taka Yamauchi não retomou as obras, que se deterioraram. O espaço virou caso de polícia pelo risco às crianças e recorrentes episódios com usuários de drogas que frequentavam as estruturas abandonadas da unidade.

Também pela má gestão de recursos públicos entre 2017 e 2020, estudantes de três escolas municipais de Ribeirão Pires – EM Yoshihiko Narita, EM João Midolla e EM Prof. Sebastião Vayego de Carvalho – ficaram sem área apropriada para aulas de educação física. A construção de quadras esportivas nas unidades, iniciada na gestão de Saulo Benevides, foi abandonada na gestão de Taka Yamauchi. Entre 2022 e 2023, nos governos de Clovis Volpi e Guto Volpi, as obras foram retomadas e entregues às comunidades escolares.

Um dos projetos que também deveriam ter sido concluídos até 2019 e constavam como paralisados no Painel do TCE era o CIE (Centro de Iniciação ao Esporte) no Jardim Serrano. Por descumprimento de prazos e requisitos estabelecidos pela Caixa Econômica Federal, o convênio junto à União precisou ser encerrado e recurso repassado foi devolvido, regularizando a situação do município.