Depois de conseguir a proeza de poder pedir musica por ter três anos de sua administração rejeitados pelo TCE (tribunal de contas), o ex-prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, atingiu o inimaginável: seu ultimo ano de gestão também tomou pau na na Câmara Municipal . Por 13 votos a favor e 10 contra, os vereadores acompanharam a decisão do TCE e condenaram o ultimo ano de gestão do então socialista. De acordo com a vereadora Cida Maia, presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Atila deixou a cidade com R$ 63,5 milhões de deficit nas contas públicas. “Sua recusa de defender-se decorre da incapacidade de defesa diante da situação”, avaliou a parlamentar. Segundo o parecer, a decisão leva em conta atos administrativos insanáveis restando “comprovada a improbidade administrativa”. Com a decisão, Atila pode ficar de fora das eleições e ser enquadrado como ficha suja.
Segundo o tribunal, a administração não investiu o mínimo previsto na educação, não cumpriu pagamentos de precatórios e aumentou as dividas de curto e longo prazo. Todos esses itens são considerados pelo tribunal como “vícios insanáveis com dolo”, ou seja, Atila foi avisado e teria mantido a trajetória errônea que provocou todos os problemas. Pela lei eleitoral, isso configuraria motivos para causar sua inegibilidade.
As contas tiveram votação anterior suspensa para evitar problemas judiciais. Desde 2021, o ex-prefeito tem evitado receber as citações de julgamento para argumentar que teve o direito de defesa cerceado e, assim, invalidar as decisões. Com isso, a Câmara tem cumprido uma serie de regimentos legais, como publicação em diário oficial, e maior prazo de entrega em endereços legais, para permitir que o prefeito seja notificado oficialmente do prazo de defesa.
Procurado, Atila não retornou ao jornal.

confira como votou cada vereador (os votos de não sao favoráveis ao ex-prefeito e contra o parecer do TCE)