Paula Cabrera
O prefeito de Mauá Atila Jacomussi (PSB) minimizou as críticas feitas ao seu governo por conta do projeto que prevê 415 contratações temporárias na Saúde sem a necessidade de concurso público. "As pessoas que criticam contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares e socorristas fazem porque têm convênio médico. A população precisa desse atendimento e eu trabalho para esse povo", disse ele ao JNC.
De acordo com o prefeito, a cidade perdeu cerca de 230 profissionais do setor durante "perseguição política" feita pela gestão de Alaíde Damo, situação que teria provocado caos no atendimento em quase toda a rede. "A contratação é feita exatamente porque houve um blackout de assistência que foi deixado pelo governo Alaíde Damo e pela Secretaria de Saúde que nos antecedeu. Houve a demissão de mais de 75 profissionais melédicos, perdemos motoristas, socorristas, controladores de acesso. Auxiliares de enfermagem, técnicos, enfermeiros. Esse projeto vem justamente para cobrir essa lacuna deixada pelo governo anterior. Foram mais de 230 demissões. Não analisaram questões técnicas na hora de fazer essas demissões. Perdemos profissionais em demissões políticas", afirmou.

Questionado se a responsabilidade pela contratação não seria da Fundação ABC, responsável por gerir a saúde no município, o prefeito negou. Segundo ele, após muita negociação a Fundação deve assinar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para seguir com o acordo na cidade. Pelo contrato, a empresa não poderá fazer contratações indiretas. "A TAC é mesmo para ajustar o contrato da Fundação. Levamos em conta a questão jurídica para garantir o andamento do contrato e garantir serviços na entrega de novos equipamentos previstos para esse ano, como a Maternidade do Hospital Nardini e a UTI Neonatal. Tudo está baseado na TAC para que seja feita a ampliação de toda a rede. A fundação tem responsabilidade técnica e a prefeitura luta para repor os demitidos. O valor que se mantém no contrato não permite contratações indiretas pela Fundação", disse.

Medicação
Nesta sexta-feira (14/2) o prefeito mostrou ainda que a cidade está trabalhando para abastecer as farmácias dos postos com medicamentos que estavam em falta na rede há cerca de seis meses. "Temos medicações desde dipirona, passando por antiinflamatórios, antibióticos, remédios para controle de pressão arterial e psicotrópicos. Enfrentamos um grave desabastecimento por conta de problemas em contratações deixados pela gestão anterior. Em 45 dias, no máximo, teremos deixado a situação para trás", afirmou.