Deputado estadual e candidato a prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, cadastra cores de pele diferentes de uma eleição para outra. Parlamentar, pode responder por mais um crime

O ex-prefeito Atila Jacomussi se viu no centro de uma nova polêmica nesta semana. Ultimo candidato a entregar seu pedido de candidatura na justiça eleitoral, o político se declarou pardo nestas eleições e virou o centro de diversas discussões no meio político local.
Em 2014 e 2022, Atila se apresentava como branco, o que provocou uma avalanche de mensagens no celular desta repórter, já que em 2024, se apresenta como pardo. Para adversários, o deputado estadual e candidato a prefeito de Mauá Atila Jacomussi entra em contradição ao registrar seus dados pessoais junto ao TSE. As informações estão disponíveis no  site: divulgacandcontas.tse.jus.br. Nas eleições anteriores em que concorreu, entre 2004 e 2012, não apresentava a informação sobre cor/raça.
A partir de 2014, Atila Jacomussi passou a se apresentar como branco, informação que repetiu em 2016, 2020 e 2022. Especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem informaram que registrar informação incorreta, pode responder pelo crime de falsidade ideológica.
Ainda segundo os advogados, que preferiram não ser identificados, a mudança na cor poderia tratar-se de uma estratégia para ampliar o repasse do fundo eleitoral. Já que há previsão legal de que candidatos negros e pardos têm direito a um repasse 30% maior do que de outros candidatos. A cor de pele é feita por meio de auto declaração, ou seja, o registro é feito pelo próprio candidato.