O ex-prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (União), voltou a sofrer uma derrota judicial. Desta vez, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido do atual deputado para que a Justiça anulasse a decisão que indeferiu suas contas na Câmara de Mauá, em relação ao ano de 2020. O politico pedia um agravo regimental, ou seja, que a decisão da justiça fosse superior a decisão dos vereadores enquanto o caso pudesse aguardar decisão das instâncias superiores.
O ex-prefeito alegava na ação que teria sido impedido de se defender em relação aos processos que rejeitaram seus gastos enquanto prefeito. Na pratica, Atila queria anular a votação para não correr o risco de ficar de fora das eleições, já que com a rejeição das contas, que evidenciam que o prefeito gastou dinheiro público em desacordo com o previsto pelo Tribunal de Contas do Estado, pode ser considerado ficha suja.
Na decisão, os ministros alegam que não havia argumentos capazes de confirmar as irregularidade nas citações.
Atila ja havia sofrido duas outras derrotas na Justiça. Uma na de Mauá, quando o juiz negou que Atila teria tido dificuldades para se defender e argumentou ainda que a defesa de Atila sequer protocolou a copia dos processos questionados, e outra no Tribunal de Justiça, que também não vislumbrou problemas para que o ex-prefeito pudesse se defender.
Toda a situação torna a presença de Atila nas urnas ainda mais difícil. O TCE teria reconhecido que os erros de Atila teriam dolo, ou seja, foram cometidos mesmo com o prefeito sabendo que as aplicações estavam abaixo das esperadas. Essa condição costuma ser o suficiente para confirmar a improbidade administrativa, ou seja, que o político deve ser colocado como ficha suja.