Prefeito tem agenda com deputados e senador Major Olímpio; prefeitura pediu apoio ao MP para garantir verba para o equipamento

Paula Cabrera

O governo do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL) viaja nesta quarta-feira (23/2) a Brasília para tentar manter o hospital de campanha da cidade em operação.  O prefeito pediu ainda auxílio ao Ministério Público para tentar manter o hospital de campanha aberto na cidade. O chefe do Executivo fez apelo por verba do governo do Estado para manter a unidade em funcionamento, mas teria recebido negativa por parte da administração de João Doria (PSDB).
A reunião para pedir o auxílio teria acontecido ainda na tarde de ontem (22/2) entre a promotoria e o secretário de Saúde de Ribeirão, Audrei da Rocha. O governo quer que o MP endosse a pressão feita pela cidade por aporte por meio de pedido oficial de informações alegando possível colapso na Saúde que o fechamento do equipamento poderia provocar em toda a microrregião.
Na sexta-feira (19/2) o deputado estadual Thiago Auricchio (PL) anunciou que havia formalizado pedido de R$ 3 milhões à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, chefiada por Marco Vinholi (PSDB), mas a pasta teria negado a liberação.
Nos cofres da Prefeitura há verba para custear a unidade até o começo de março. Diante disso, seria preciso fechar as portas do hospital no fim de semana, uma vez que a média de tempo de internação na unidade é de sete dias.
Com a situação, a cidade se prepara para desmontar o equipamento que atende atualmente 41 leitos de casos de média e alta complexidade de covid-19. O contrato, que custa R$ 1 milhão ao mês, vence no domingo (28/2) e, caso a administração não consiga liberar a verba, os pacientes devem ser removidos, Via Cross (Central de Regulação de Serviços de Saúde), para outros hospitais da região a partir do dia 10. Para o chefe do Executivo, esse seria um cenário de caos para todo o ABC, que já opera no limite de leitos contra a doença. "Se fecharmos o hospital, decretamos a morte de uma pessoa por dia, no mínimo. Essa pessoa é parente de alguém. Recebemos uma negativa, mas seguimos com novo pedido, em outra frente", explicou Volpi em entrevista exclusiva ao JNC em seu gabinete.
Sem conseguir o apoio do governo do Estado e com pouco tempo para angariar os valores, Volpi embarca nesta quarta-feira (24/2) para Brasília, onde tem audiências com deputados e com o senador Major Olímpio. "Deixo a minha equipe aqui negociando com fornecedores e parto à campo para garantir as emendas e trazer esses recursos fundamentais para a cidade", diz.