Em nova assembleia realizada nesta segunda-feira, funcionários rejeitaram proposta de aumento de 10% proposto pela empresa

Das agências

Os trabalhadores da GM em São rejeitaram, por unanimidade, a nova contraproposta da empresa na sua tentativa de pôr fim à greve iniciada na última sexta-feira (1/10). Ainda na última semana, houve tentativa de conciliação entre as partes no TRT/ SP (Tribunal Regional do Trabalho), mas não foi possível se chegar a um acordo.
Segundo informações do sindicato, no fim de semana, a direção da GM procurou o sindicato e fez uma nova contraproposta que foi apresentada hoje em assembleia. Em termos econômicos, a empresa ofereceu reajuste de 10,42% (INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - integral) retroativo a 1º de setembro, aplicação do aumento de mérito a cada seis meses aos empregados inseridos na nova na grade salarial, manutenção da Cláusula 42, do atual Acordo Coletivo, com ajuste na sua redação. Em relação aos demais itens da pauta ficariam em aberto e tendo sequência o processo de negociação.
De acordo com o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a entidade está aberta à negociação e a busca de solução ao impasse criado com a recusa da empresa em apresentar proposta condizente ao que se está reivindicando. “Estamos mantendo firme a nossa posição até que a empresa apresente uma proposta que seja satisfatória no atendimento a nossa pauta de reivindicações”, afirmou o Cidão.
Na última semana, os trabalhadores da GM reivindicam a reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses; aumento real de 5%; piso salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021; vale-alimentação no valor de R$ 1.000 para os funcionários inseridos na grade nova e de R$ 500 para os demais; participação nos resultados de R$ 18 mil, com antecipação de R$ 10 mil; adiantamento da metade do 13º salário para fevereiro de 2022; inclusão de cláusula sobre home office; pagamento de quinquênio de 5%; retorno do reajuste da grade salarial a cada seis meses e cesta de Natal.
Além disso, de acordo com o sindicato, os profissionais ainda reivindicam a manutenção das cláusulas sociais que constam do atual ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), particularmente a cláusula 42, que assegura estabilidade no emprego ao trabalhador portador de doenças ocupacionais e data-base em setembro. O sindicato reforça que a greve foi decretada após sete rodadas de negociação entre o sindicato e a direção da GM.
Em nota, a GM afirmou que “está fazendo todos os esforços para chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes”. A empresa ainda reforçou que espera que a situação seja resolvida o quanto antes, e que rapidamente as operações da fábrica estejam normalizadas.