Equipamento custa quase R$ 300 nas farmácias e dura apenas 14 dias

Paula Cabrera

São Caetano entrou para a história nesta segunda-feira (4/9) ao seu a primeira cidade da Grande SP a entregar um sensor de glicemia para diabéticos dispensarem a furada no dedo para medir os índices de açúcar no sangue. Nesta terça-feira, o prefeito José Auricchio Júnior entregou 31 sensores da Free Style Libre para alunos das escolas municipais de São Caetano e que são acompanhados pela saúde municipal.
Neste momento, o Programa Diabetes Sob Controle, disponibilizará os sensores de glicose para crianças de 4 a 17 anos, insulino-dependentes, moradores do município e cadastradas no Estratégia Saúde da Família.
O dispositivo aplicado na parte superior do braço, permite medir a glicose no sangue através de um leitor ou aplicativo no celular,  sem necessidade de furar o dedo. Cada um desses sensores custa R$ 289 nas farmácias e tem a duração de apenas 14 dias. "É algo revolucionário. Eles aplicam esse sensor e ele vai medindo o tempo todo a glicemia", explica Regina Maura.
Revolucionário no tratamento da diabetes, o Free Style Libre chegou ao Brasil em 2017 e, desde então, virou objetivo de desejo entre os insulinodependentes por ser um excelente auxílio para manter os indicadores de glicemia dentro do alvo. Ele é aplicado por meio de uma canula, que faz as medições pelo tecido intersticial. O aparelho consegue ainda monitorar tendências de queda ou alta da diabetes, permitindo que os diabéticos corrijam a rota antes de ter problemas

A entrega do free Style, inclusive, deverá começar a ser debatido em audiências públicas no Congresso Federal para que o item possa ser incluído no roll do SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente, muitos diabéticos recorrem a ações judiciais para ter acesso ao sensor, que pode ainda ser acoplado em outro dispositivo, chamado Miao Miao, que envia as glicemias diretamente ao Bluetooth do celular para avisar, com alarmes, qualquer alteração fora do padrão estipulado pelo diabético, previnindo assim tanto quedas bruscas de glicemia, chamadas hipo, quanto altas severas, chamadas hiper. Ambas as situações, se controladas precocemente, não encorrem em problemas aos diabéticos.
Além de São Caetano, apenas Limeira(SP), Foz do Iguaçu (PR) e Brasília (DF) oferecem os sensores por meio de programas municipais para os diabéticos.
Segundo a Prefeitura de São Caetano, pais e mães de diabéticos com idade entre 4 e 17 anos poderão procurar atendimento na UBS mais próxima de seu domicílio paraserem encaminhados para o programa.