da Redação

A Secretaria de Estado de Saúde de SP registrou, nesta sexta-feira (31/1), o primeiro caso suspeito de coronavírus em um morador da região. Trata-se de um adulto, morador de Mauá, que esteve em viagem recente a China e segue em monitoramento pela Secretaria de Saúde do município, segundo o governo do Estado. Ele esteve em viagem à China entre 4 e 25 de janeiro e deu entrada no Hospital Albert Einstein no dia 29, reclamando de dores de garganta. Ele foi medicado e liberado. No local ele deu dois endereços - um comercial de Santo André e um residencial de Mauá.

Além deste, outros seis casos também estão sob investigação no Estado, sendo três adultos e uma criança na cidade São Paulo, um adulto de Paulínia e uma criança em Americana. Todos os pacientes têm registros de visita à China.

"Os sete casos suspeitos estão bem, estáveis e recebendo cuidados em casa em isolamento domiciliar, ou seja, com restrição de contatos com pessoas e ambientes externos", disse o boletim da Secretaria de Saúde. A Secretaria da Saúde andreense informou que "trabalha para localizar o paciente e tomar as medidas cabíveis, entre elas coleta de exames necessários para envio de material ao Instituto Adolfo Lutz, para confirmação ou descarte da suspeita de coronavírus".

Os familiares dos pacientes monitorados e estão orientados a usarem máscaras e a não compartilhar material de uso pessoal. O cuidado com essas pessoas inclui permanência em casa e permanente hidratação, segundo o governo.

Até o momento não há caso confirmado da doença no Brasil, embora o País tenha contabilizado 12 suspeitas. Dados oficiais são registrados pelos municípios em sistema de notificação do Ministério da Saúde, e eventuais novos casos são divulgados diariamente pela Secretaria.

Os sete casos suspeitos estão estáveis e recebendo cuidados em casa em isolamento domiciliar, ou seja, com restrição de contatos com pessoas e ambientes externos. Familiares dos pacientes estão orientados a se prevenirem com uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa.

“O monitoramento está em curso, com organismos internacionais e nacionais de saúde, e nossas equipes seguem acompanhando o tema ininterruptamente para que possamos dar respostas rápidas e efetivas quando necessário”, diz a diretora da Vigilância Epidemiológica, Helena Sato.

Em caso de sintomas como febre, dificuldade de respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus, contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus, devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

Investigação e diagnóstico
A investigação dos casos é realizada pelas secretarias municipais de saúde, com todo apoio técnico da pasta estadual. As amostras biológicas dos pacientes são colhidas pelo hospital onde foram atendidos e enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz.

Os exames consistem numa análise que detecte o genoma do vírus, por meio do chamado PCR (sigla em inglês que significa “Reação em cadeia da polimerase”). São feitos a partir da a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz), que deve ser realizado pelo hospital que atendeu o caso suspeito e encaminhado ao laboratório de saúde pública do Estado de São Paulo.

Os resultados são comunicados pelo Lutz ao município de residência do paciente, responsável por notificar o descarte ou confirmação do caso.

Dicas de prevenção:
– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.