Paula Cabrera

A falta de água em Mauá deve acabar em até 90 dias após a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de SP) assumir os serviços na cidade. A promessa foi feita pelo superintendente da Companhia, Roberval Tavares, durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira (27/11).
Segundo o superintendente, nos primeiros três anos de concessão serão investidos R$ 73 milhões na melhoria dos serviços. "Hoje, Mauá investe R$ 2,5 milhões ao ano. Diadema, por exemplo, investe R$ 15 milhões. Uma cidade do mesmo tamanho de Mauá. Precisamos corrigir essa dafasagem e depois administrar investimentos ao longo do contrato", afirmou Roberval.
Segundo ele, atualmente, a perda de água é o principal problema de Mauá. A defasagem acontece por conta do encanamento antigo das tubulações. "Entregamos hoje 1.050 milímetros de água por segundo, metade disso se perde. Algo que corrigiremos rápido. Até 2022, queremos que os índices caíam para 30%", afirmou.
Outro ponto colocado como primordial é que bairros como o Sônia e Silvia Maria, assim como o Nova Mauá,  serão colocados nas redes de abastecimento da cidade de São Paulo. "São 3 mil residências no Sônia e Silvia Maria e 1.600 no Nova Mauá. Isso garante que boa parte dos reservatórios da cidade possam mandar mais água para outros pontos", disse. A ampliação de reservatórios como o Zaíra também estão na previsão da empresa.
O investimento total da empresa na cidade será de R$ 332 milhões nos 40 anos de contrato. Desse valor, R$ 219 milhões serão destinados para investimentos. Os outros R$ 113 milhões serão encaminhados para o Fundo Municipal, para serviços como contenção de encostas, drenagem, resíduos sólidos e outros serviços ligados a sarjetas e guias.
Por fim, o superintendente afirmou que o Plano deve ser votado até 15 de dezembro pois a regra determina 120 dias de tratativas de negócios, prazo que termina dia 15. "Podemos garantir que um dia apos a assinatura do contrato, começamos as obras", conclui.