Profissionais que estiveram no local, no entanto, reclamam da burocracia e do atendimento prestado

Paula Cabrera

A Prefeitura de Mauá começou ontem a (24/08) a testagem a comerciantes na cidade. A expectativa do governo é de realizar os testes aos funcionários do estabelecimento, orientando o afastamento em caso de resultado positivo. A etapa ocorre após aplicar os procedimentos a motoboys, taxistas e motoristas de aplicativos, de transporte coletivo e de vans escolares, como a Uber e 99. Nesta terça (25/8), a van da Prefeitura estava estacionada na avenida Portugal. Já nesta quarta, o ponto escolhido foi a Praça do Relógio.

Segundo a administração, a van percorre pontos estratégicos nos comércios, enquanto uma equipe passa de porta em porta para testar os comerciantes, a depender de sua vontade. Os locais previstos são a Praça XXII de Novembro (Centro), as avenidas Dom José Gaspar (Bairro Matriz), Castelo Branco (Jardim Zaíra), Barão de Mauá (Centro/Jardim Miranda), centros comerciais no Jardim Paranavaí, Jardim Itapeva, Jardim Feital, Parque das Américas, Jardim Oratório, Parque São Vicente e outros. No entanto, houve críticas da parte dos comerciantes quanto à burocracia da situação. "É preciso preencher cadastro para realizar o teste, mas não entregaram na hora. Disseram que é preciso pegar o formulário antes e preencher. Não sei como validam isso", disse um comerciante que preferiu não se identificar. "Parece que a pessoa que deixaram a cargo do programa seria parente do prefeito e está tornando bastante desagradável a situação", revelou.

Nos últimos dias, a administração municipal testou 85 motoboys, 192 taxistas e 697 motoristas de aplicativo para carona. Todas as consultas ocorreram no Paço Municipal, pelo formato de drive-thru. Nesta semana, motoristas de ônibus e de transporte escolar podem realizar os exames no sistema drivethru, no Paço.

A testagem em massa na cidade começou após severas críticas ao governo Atila. Mauá foi a cidade que menos realizou testes no ABC. Foram menos de 1.500 até junho, segundo dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado). O custo médio empregado em cada paciente, no entanto,foi altíssimo: cerca de R$ 20 mil por paciente. Após revelação dos dados pelo JNC e o compartilhamento pela grande imprensa, a administração de Atila aumentou a testagem na cidade.