O presidente da Câmara de Mauá, Geovane Correa (PT), confirmou ao JNC que o MP (Ministério Público de São Paulo) arquivou a denúncia de pedofilia contra o petista. O parlamentar foi acusado de praticar crime sexual contra menor, o que sempre negou. A denúncia partiu do também vereador Sargento Simões (PL), pré-candidato a prefeito.
A Promotoria, após ser provocada, encaminhou o caso para Polícia Civil investigar o caso. No curso do inquérito policial, ainda de acordo com o MP “os fatos articulados na denúncia não restaram minimamente para a descoberta e elementos que comprovassem o conteúdo denunciado. Sendo assim não há elementos suficientes e comprobatórios para instauração de persecução penal”.
Afastado de suas funções parlamentares desde 29 de fevereiro, Geovane convocou uma coletiva de imprensa para essa tarde e deve retornar à Câmara no início do próximo mês.
Apesar do retorno, a expectativa é de que o o presidente da Câmara de Mauá, não tente a reeleição ao cargo de vereador. A informação foi confirmada com a ficha de pré-candidatos do partido, divulgada após o fim da janela partidária, que aconteceu na primeira semana de abril. O nome de Geovane, que está afastado das funções desde o final de fevereiro, não aparece entre os filiados do partido para apresentar seu nome para disputar uma vaga na Câmara Municipal.
Rangel Souza da Silva (PT), ex-superintendente da Sama, autarquia municipal de saneamento ambiental de Mauá e sobrinho de Geovane foi indicado pelo grupo como pré-candidato no lugar do tio.

Entenda o caso
Geovane afirma que teve o celular hackeado em 2021, quando fotos intimas suas foram vazadas. Ele teria registrado um boletim de ocorrência e se negado a pagar para não ter as fotografias expostas. No início deste ano, Sargento Simões usou as fotos para abriu denuncia afirmando que Geovane teria cometido importunação sexual contra uma adolescente, o que poderia ser catalogado como pedofilia. No material entregue ao MP, no entanto, não foi comprovado nada. Segundo a Justiça, foi recebido um relatório do “o Conselho Tutelar de Mauá dando conta da inexistência de quaisquer informações sobre a denúncia em âmbito interno (fls. 48)”. A polícia ainda aportou “relatório de investigação, consignando a impossibilidade de se atribuir as imagens apresentadas à pessoa do investigado (fls. 52/53).”
A investigação confirma ainda que as fotos foram enviadas para uma “linha telefônica disponibilizada para o estúdio de rádio”, de acesso de todos os funcionários (fls. 55).