Decreto publicado pelo prefeito ainda afirma que auto lavrado por agentes será encaminhado Ministério Público para possível inquérito

Paula Cabrera

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) confirmou a adequação da cidade na fase emergencial do Plano São Paulo e definou multa de R$ 1.454,50 para estabelecimentos que descumprirem as medidas na cidade. Em caso de reincidência, o valor sobe para R$ 5.818 reais. Os autos serão ainda encaminhados para o Ministério Público e podem acabar em ações judiciais aos comerciantes.
Nesta semana, muitos comércios, principalmente na região central da cidade, permaneciam com a porta aberta ou com meia porta, o que está proibido com o novo decreto municipal.
Nessa nova fase, 14 novas atividades foram excluídas da abertura de portas, como lojas de materias de construção, templos e igrejas, atividades esportivas coletivas, órgãos públicos escritórios e igrejas. O Estado estabeleceu ainda toque de recolher entre as 20h e às 5h da manhã. A expectativa é restringir 4 milhões de pessoas que estariam dentro desse grupo de 14 atividades em circulação. As medidas valem a partir de segunda (15/3) até o dia 30.
Marcelo adotou ainda o pedido de escalonamento de jornadas, conforme solicitação do governo estadual para diminuir a circulação de passageiros no sistema de transporte. Dessa forma, indústrias teriam trabalhadores circulando entre as 5h e às 7h, serviços entre 7h e às 9h e comércios entre as 9h e às 11h. O atendimento na Prefeitura está suspenso até o dia 30.
Mauá confirmou ainda nesta sexta-feira (12/3) que a cidade tem 100% dos leitos tomados e nas últimas 24h, seis pessoas faleceram em decorrência da covid-19. Pelo menos três delas à espera de liberação de leito de UTI pelo CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviço de Saúde). Segundo o governo do Estado, São Paulo tinha ontem (11/3) 9.184 pessoas internadas em UTIs, um aumento de quase 30% em relação aos números do final de fevereiro "Estamos no limite. Hoje, 53 municípios tem 100% da ocupação de leitos. Segunda eram 32 cidades. A velocidade de instalação da pandemia compromete a assistência. Estamos hoje com 87,6% de taxa de ocupação Estado. Temos hoje 9.184 pacientes. Número 47% maior do que no pico da primeira onda", disse o secretário Jean Gorinchteyn.
Segundo o secretário, a média é de 150 novas admissões em UTIs por dia, o que comprometeu todo o sistema de saúde estadual. "Temos 1.075 pacientes aguardando vagas via Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviço de Saúde). Se contarmos os registros regionais (como no caso do ABC) são 2.046 pacientes aguardando", disse Gorinchteyn.